dc.description | Este trabalho tem como objetivo analisar as mudanças teóricas que ocorreram nas Ciências
Econômicas, com ênfase na teoria da decisão, e como elas influenciaram a emergência da
Economia Comportamental. A partir de uma pesquisa bibliográfica, buscaram-se os principais
autores que discorreram sobre o desenvolvimento científico, sobretudo durante o século XX,
restringindo-se assim ao pensamento de Karl Popper e de Thomas Kuhn. As teorias da
decisão evoluíram com o passar do tempo, tendo iniciado com o Princípio da Esperança
Matemática, mas foi a Teoria da Utilidade Esperada, de Daniel Bernoulli, a principal teoria
influenciadora desse campo científico ao introduzir a utilidade como elemento das tomadas de
decisão. A escola neoclássica elaborou um modelo que supunha que as decisões fossem
ótimas, nas quais os indivíduos faziam escolhas racionais, baseados na maximização da
utilidade. A partir dessa axiomatização da racionalidade perfeita, as interpretações das teorias
começaram a divergir conforme a metodologia de cada ramo científico. Por um lado, os
economistas adotaram a distinção Positiva-Normativa, ao mesmo tempo em que os Psicólogos
adotaram a estrutura Normativa-Descritiva na interpretação das teorias. Em consequência,
Kahneman e Tversky desenvolveram uma teoria que completasse o modelo da racionalidade
perfeita da Teoria da Utilidade Esperada (TUE), apresentando melhores resultados empíricos
em determinadas circunstâncias. Os psicólogos introduziram novos elementos ao campo das
explicações das tomadas de decisão, rompendo com a teoria da utilidade de Von Neumann e
Morgenstern. Dessa forma, ao utilizar novos métodos para explicação das decisões humanas,
emerge a economia comportamental, como uma nova disciplina dentro das Ciências
Econômicas. | |