Tesis
Mortalidade em Santa Catarina. Aplicação do indicador anos potenciais de vida perdidos
Autor
Peixoto, Heloisa Cortes Gallotti
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias da Saude O presente trabalho analisa a mortalidade em Santa Catarina, sob a ótica do indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos com a finalidade de demonstrar a utilidade do mesmo como instrumento de análise da mortalidade, resgatando a importância epidemiológica de uma base de dados disponível. Para demonstrar esse potencial e algumas das aplicações práticas do indicador, apresentam-se diversas formas para a tabulação e análise do mesmo, exemplificando com os arquivos de dados dos óbitos ocorridos nos anos de 1980 e 1995 em Santa Catarina. A utilização do indicador na ordenação das causas de óbito aumentou a importância relativa das causas externas e das que tem maior incidência em crianças. Em ordem de importância de Apvp, as principais causas de mortalidade foram os acidentes de trânsito, (15,5%), as afecções originadas no período perinatal (14,6%) e os outros acidentes (9,3%). A análise da mortalidade por sexo, através do indicador Apvp, mostra o excesso de mortalidade masculina, refletindo funções sociais e riscos diferentes na idade produtiva. A magnitude do indicador nos homens é 1,91 vezes maior que nas mulheres (IC= 1,87-1,95), indicando que no sexo masculino, além de ocorrerem mais óbitos, a morte prematura se apresenta com maior freqüência. Entre os diferentes tipos de câncer como causa de óbito de mulheres, o de mama foi responsável pelo maior número de Apvp (17% do total de Apvps). O câncer de colo de útero, que teve sua importância relativa aumentada em aproximadamente 30% com a utilização do indicador. Os resultados mostraram que a classificação segundo os Apvp parece resumir melhor as condições de saúde das diferentes regionais de saúde, ressaltando a importância do uso do indicador na identificação de áreas prioritárias. No período considerado (1980-95), observou-se uma queda acentuada das taxas de mortalidade e de APVP por Doenças Não Transmissíveis e por Doenças Transmissíveis, maternas e perinatais, com exceção da faixa etária de 20 a 49 anos, que neste último grupo apresentou um aumento relativo, muito provavelmente em função do aparecimento da AIDS, cujos óbitos são muito freqüentes nessa faixa de idade. No grupo das Causas Externas, ocorre uma inversão da tendência de queda e as taxas de mortalidade e APVP, ascendem de maneira geral.