| dc.description | A portaria direcionada aos estudantes da Faculdade de Filosofia inicia reforçando que é “vedada qualquer ação, manifestação ou propaganda de caráter político partidário” dentro da universidade. Relata, a seguir, que durante o trote dos calouros, foram exibidos “cartazes atentatórios à moral e altamente desrespeitosos às autoridades constituídas, inclusive a S. Excia. o Sr. Presidente da República”. A portaria também põe em vista o fato que o Diretório da Faculdade de Filosofia foi o único que não compareceu na audiência especial do presidente Castelo Branco aos Diretórios Acadêmicos. Os alunos também afirmaram, publicamente, que eram contrários aos atos da ditadura militar, colocando no mural de seu Diretório Acadêmico artigos contrários às ideologias do governo militar, além de publicarem manifestos públicos no seu jornal “Folha Acadêmica”. A seguir, a portaria explicita que o Governo “nascido de uma revolução popular, com o qual a direção desta faculdade está de pleno acordo, persiste (...) no propósito de erradicar todo e qualquer foco de subversão”. A decisão final da portaria é a intervenção no Diretório Acadêmico, designando Moacir Nuernberg como o interventor, que seria o responsável pelas decisões do Diretório até as próximas eleições. Ao final, a portaria declara que essa resolução deveria ser comunicada, junto aos nomes dos membros do Diretório Acadêmico, aos seguintes órgãos: Caça Militar da Presidência da República, SNI, Comando do 5º Distrito Naval, Comando de Guarnição do Exército, SSP, Ministério da Educação, Reitoria, Casa Civil do Governo do Estado, diretores de faculdades, além de professores, assistentes e instrutores da faculdade. | |
