Tesis
Estudo clínico-patológico de lesões centrais e periféricas de células gigantes da cavidade bucal
Autor
Lopes, Mariana Réos
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Odontologia. Como as lesões periféricas (LPCG) e principalmente as lesões centrais de células gigantes (LCCG) podem mimetizar clínica e radiograficamente lesões malignas, a proposta deste estudo foi fazer um levantamento clínico-patológico dos casos de LCCG e LPCG diagnosticados pelo Laboratório de Patologia Bucal da Universidade Federal de Santa Catarina (LPB-UFSC) desde sua fundação até julho de 2015, através de um estudo observacional longitudinal descritivo. Foram avaliados os dados de 23 pacientes portadores de LPCG e 23 pacientes com LCCG. Os dados clínicos (idade, gênero, localização anatômica e tratamento) foram obtidos dos prontuários médicos e fichas de biópsias e os dados microscópicos das lesões (características do epitélio de superfície, tecido conjuntivo de suporte, proliferação vascular, tipo de infiltrado inflamatório) foram obtidos pelos laudos anátomo-patológicos e avaliação de lâminas histológicas coradas em hematoxilina e eosina. A análise da quantificação de células gigantes multinucleadas (CGM) e núcleos das CGM nos grupos estudados foi realizada com o auxílio do software Image J 1.45s. A média de idade foi de 34,04 ± 23,40 anos para LPCG e 28.3 ± 21.2 anos para os casos de LCCG. A relação homem:mulher dos pacientes afetados pela LPCG foi 14:9 e dos pacientes com LCCG 7:16. O sítio anatômico mais acometido tanto pela LPCG quanto pela LCCG foi a mandíbula. Houve um predomínio de tecido conjuntivo denso em LPCG com 82.6% dos casos e de tecido conjuntivo frouxo em LCCG com 65,2% dos casos. Observou-se uma maior incidência de infiltrado inflamatório crônico intenso associado à alta proliferação vascular, predomínio de áreas hemorrágicas e depósitos de hemossiderina tanto nas LPCG como nas LCCG. A presença de material mineralizado do tipo osteóide foi visualizada na maioria dos casos de LCCG, 65.2%, em contraste com os pacientes portadores de LPCG (39,1% dos casos). A quantidade de CGM por mm2 de tecido conjuntivo não apresentou uma diferença estatisticamente significativa entre os casos de LPCG e LCCG (p > 0,05), porém o número de núcleos das CGM foi evidentemente maior nos casos de LCCG (p = 0,013).