Entrevista
O movimento estudantil da UFSC – 1975 a 1981
Registration in:
Arquivo Depto. e Centros UFSC
Author
DAUER, Gabriel Roberto
Institutions
Abstract
Adriano Larentes da Silva entrevista Rosangela de Souza. A entrevistada nasceu em 1956 no Paraná, sendo que sua família é de São José (SC). Começou a estudar na UFSC em 1975 no curso de Letras e em 1976 também cursava o curso de Direito, tendo desistido do primeiro. O local de aula era na Rua Esteves Júnior, no centro de Florianópolis. Rosangela relata que militava nas horas de folga. Participou da militância em favor de alimentação gratuita para os estudantes no Restaurante Universitário. Diz nunca ter participado da direção de uma chapa, centro acadêmico ou sido líder. Era uma entusiasta daquilo que defendia. Fez parte do Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP), período no qual foi presa. Antônio Macedo era um dos dirigentes do MEP e queria fazer uma ligação com o Partidão, o qual possuía viéses de direita. O entrevistador pergunta quem era o “vilão” pelo qual se lutava, particularmente na UFSC Rosangela cita Caspar Erich Stemmer, reitor da UFSC entre 1976-1980. Uma das maiores preocupações dos estudantes da UFSC nesse período eram a qualidade de ensino, a inserção na universidade (quantidade de vagas disponíveis, eram poucas), pelo ensino público e gratuito. As reuniões aconteciam na Rua Álvaro de Carvalho, onde se localizava o DCE. Havia diversas manifestações no Campus da UFSC, mas no centro a primeira foi a Novembrada. A luta acontecia paulatinamente, seja para eleições diretas no DCE, por centros acadêmicos livres, reconstrução da UNE, UCE, União Catarinense de Estudantes Secundaristas a UCES. Houve uma série de movimentos contra projetos de privatização do Ministro da Educação da época, Jorge Bornhausen, como por exemplo do ensino público gratuito. Participou do grupo Transformando, do Centro Sócio-Econômico (CSE). Rosangela foi presa num domingo na casa de sua mãe, no interior de São José na Colônia Santana. O endereço de residência fora fornecido à Polícia Federal pela UFSC. Ficou 10 dias presa. No dia 4 de dezembro sai um ato de libertação dos estudantes presos. Fora acusada de terrorista. Na década de 1980 o Movimento Estudantil ganhou força. registro 323 (LABHORAL)