dc.contributorCastellani, Tânia Tarabini
dc.contributorSilva, Fernanda Ribeiro da
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorBegnini, Romualdo Morelatto
dc.date2015-05-15T18:58:25Z
dc.date2015-05-15T18:58:25Z
dc.date2008-07
dc.date.accessioned2017-04-04T01:21:02Z
dc.date.available2017-04-04T01:21:02Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132887
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/745050
dc.descriptionTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
dc.descriptionO conhecimento de comportamentos fenológicos de florescimento e de frutificação é importante para compreender o sucesso reprodutivo das plantas, assim como a dispersão das sementes. A dispersão interfere na demografia e na estrutura genética populacional de espécies arbóreas tropicais. A predação de sementes, também é relevante, pois pode gerar grandes reduções na quantidade de sementes disponíveis para o recrutamento das populações de plantas, principalmente na área compreendida sob a copa das plantas parentais. As palmeiras estão entre as espécies de plantas vasculares mais abundantes nos trópicos e mais importantes para os frugívoros como fonte alimentar. Isto por que seus frutos constituem uma rica fonte de energia para os animais, e por serem espécies com longos períodos de frutificação. Syagrus romanzoffiana conhecido popularmente como jerivá, é uma palmeira que está amplamente distribuída no Brasil (desde o sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás até o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul). Este estudo foi realizado no Parque Municipal da Lagoa do Peri (PMLP), localizado no sul da Ilha de Santa Catarina, com área de 2000 ha. Ele propôs-se a caracterizar os comportamentos fenológicos reprodutivos da palmeira Syagrus romanzoffiana, identificar a época e duração de oferta de frutos, avaliar a ocorrência e intensidade dos processos de remoção e dispersão de frutos e sementes, e avaliar as taxas de perda de sementes pela predação por insetos e vertebrados. Nosso acompanhamento registrou a ocorrência de três ciclos reprodutivos entre junho de 2006 e maio de 2008. O comportamento fenológico da população de jerivá foi periódico, podendo ser classificado como anual. A floração do jerivá aconteceu em um evento único com duração de até seis meses, ocorrendo no final da primavera e verão na região. O período da frutificação foi mais extenso que a floração, com presença de frutos verdes em todos os 24 meses acompanhados. O amadurecimento das infrutescências deu-se no período de outono, inverno e primavera local, prolongando-se por até seis meses. Houve correlação significativa positiva da fenofase de floração com os fatores climáticos (fotoperíodo, temperatura e precipitação) e correlação significativa negativa da fenofase de frutificação (fruto maduro) com os mesmos fatores climáticos
dc.descriptionUm total de 6500 frutos foi recolhido em 40 parcelas de 0,25m2, ao longo de todo o período de coletas, o que mostra que o Syagrus romanzoffiana apresenta uma elevada produção de frutos. No PMLP registramos um número de 11 frugívoros consumidores e possíveis consumidores dos frutos de jerivá, sendo quatro espécies de mamíferos: Dasyprocta azarae (cutia), Orizomídeo (rato-do-mato), Didelphis aurita (gambá-de-orelhapreta) e Cerdocyon thous (graxaim), e sete espécies de aves: Ortalis guttata (aracuã), Ramphastos dicolorus (tucano-de-bico-verde), Ramphastos vitellinus (tucano-de-bicopreto), Pionus maximiliani (maitaca), Coereba flaveola (cambacica), Parula pitiayumi (mariquita) e Cyanocorax caeruleus (gralha-azul). A cutia foi o frugívoro mais registrado na área, sendo assim, considerada a espécie dispersora e predadora de sementes mais importante. Encontramos três espécies de Curculionídeos predando as sementes de jerivá, Revena rubiginosa, Anchylorhynchus variabilis e Anchylorhynchus aegrotus, com destaque para R. rubiginosa, a qual apresenta uma relação espécie-específica com o S. romanzoffiana. A predação de sementes por insetos caracterizou-se por acontecer exclusivamente no período pré-dispersão, não se encontrando predação pós-dispersão. Syagrus romanzoffiana apresentou altas taxas de predação por insetos, com valores médios mantendo-se superiores a 60% durante todo o período de avaliação. Estas taxas não foram influenciadas pela variação na intensidade da frutificação entre os ciclos. Encontramos baixo registro de sementes predadas por vertebrados, especialmente roedores, apenas 1% no primeiro ciclo, possivelmente por que temos poucos frugívoros roedores no PMLP. O esquilo, considerado o principal predador de sementes de S. romanzoffiana, não ocorre na Ilha de Santa Catarina.
dc.format103
dc.languagept_BR
dc.publisherFlorianópolis, SC.
dc.titleO Jerivá - Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (Arecaceae) - fenologia e interações com a fauna no Parque Municipal da Lagoa do Peri, Florianópolis, SC.
dc.typeTesis


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