Tesis
Análise de pólen utilizado por abelhas sem ferrão (Apidae: Meliponini) em sistema agroflorestal na ilha de Santa Catarina
Autor
Pilotto, Mariana Rangel
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. O Estado de Santa Catarina é responsável por 90% do cultivo nacional
de ostras. Devido ao seu hábito filtrante, as ostras são capazes de
bioacumular patógenos em seus tecidos, incluindo vírus causadores de
doenças humanas. A poluição nos locais de cultivo tem aumentado.
Consequentemente, um controle sanitário dessas águas e dos produtos
de maricultura torna-se urgente. O objetivo desse trabalho foi avaliar o
efeito acumulativo da contaminação microbiológica em ostras
Crassostrea gigas alocadas em um local altamente impactado pela ação
humana. Vinte dúzias de ostras foram alocadas no bairro Saco Grande
em Florianópolis, SC. Foi realizada uma coleta mensal de duas dúzias
de ostras e 10L de água, além do monitoramento da mortalidade das
ostras e das condições climáticas, no período de fevereiro a setembro de
2011. Nas amostras de ostra e água investigou-se a presença de cópias
genômicas (cg) dos Adenovírus Humano (HAdV), Vírus da Hepatite A
(HAV), Poliomavírus (JCPyV) e Norovírus (HuNoV) G1 e G2, além de
Salmonella sp na carne das ostras e E. coli na água. As amostras
teciduais de ostras apresentaram 50% de positividade para HAdV
(variando de 7,00 x 104 a 3,90 x 109cg/ g), e as amostras de água do mar,
62,5 % de positividade (de 2 x 105 a 8 x 107 cg/ L) . Duas amostras
teciduais de ostras e uma amostra de água foram positivas para HAV.
Nenhuma amostra tecidual ou água do mar foi positiva para os vírus
JCPyV ou HuNoV (G1 e G2). As amostras positivas no qPCR para
HAdV foram avaliadas para a infecciosidade viral, sendo a coleta de
água do mar do mês de maio, a única com vírus viáveis. Quatro
amostras foram positivas para Salmonella spp., as duas primeiras,
coincidindo com o período de alta temporada turística da ilha, e as duas
últimas, meses com temperatura baixa da água. Os meses de maio, julho
e agosto foram positivos para E. coli, com 2.400, 400 e 500 UFC/100ml,
dados que coincidiram com período de chuvas nos dias anteriores à
coleta. Além disso, houve uma relação direta entre a temperatura da
água e a mortalidade de ostras, sendo abril o mês com maior
temperatura (24°C) e maior mortalidade (8 ostras), e o mês de julho com
a menor temperatura (16°C) e menor mortalidade (zero). O ensaio de
infecciosidade por ensaio de placas de lise mostrou 10% de recuperação
na técnica da floculação orgânica da água do mar para partículas virais
infecciosas. Concentrados virais da técnica da floculação foram
congelados a - 80oC e descongelados em tempos pré-determinados para
avaliar a ação do congelamento sobre as amostras. Na detecção por
cópias genômicas, não houve diferença no período de 10 semanas de
congelamento. Já a detecção de vírus viáveis mostrou uma queda de
aproximadamente 1 log viral (90%). Não houve relação direta da
contaminação viral com a bacteriana. Estes resultados e a liderança do
Estado de S.C. na produção de ostras demonstram a importância de um
controle da produção e monitoramento do ambiente. Santa Catarina state is responsible for 90% of the national production of
oysters. The pollution in shellfish-growing areas has been increasing,
highlighting the need of sanitary control of these areas. The aim of this
study was to examine the prevalence of enteric viruses in
environmentally polluted oysters and sea water and to evaluate their
relationship to microbial indicators. Twenty dozens of oysters
Crassostrea gigas were placed in a coastal polluted area at Saco Grande,
Florianópolis. Groups of 24 oysters and 10L of sea water were collected
monthly and analyzed by qPCR for Adenovirus (HAdV), Hepatitis A
Virus (HAV), Polyomavirus and Norovirus G1 and G2, and for the
presence of Salmonella sp. in the oysters and Escherichia coli in the
water. The oyster mortality and climate conditions were also measured.
50% of the oyster samples (from 7 x 104 to 3,90 x 109 gc/ g) and 62.5%
of the water samples (from 2 x 105 to 8 x 107 gc/ L) were positive for
HAdV. Two oyster samples and one water sample were positive for
HAV. None of the samples were positive for JCPyV or HuNoV (G1 and
G2). The positive samples for HAdV were analysed for the infectivity of
the viruses, and the water sample from may presented viable viruses.
Salmonella sp. was found in four oyster samples, the first two during the
period of high tourist season in the island, and the other two samples
during the winter. The forth, sixth and seventh samples were the only
samples to exceed the allowed number of E. coli (2.400, 400 and 500
CFU/100mL), probably due to the heavy rainfall occurred in the days
prior to the collection of the oysters and the sea water. Concomitant with
these findings, oyster mortality seemed to be related to the increase in
water temperature (3rd month with 24°C and 8 dead animals, and 6th
month without mortality and 16°C). Overall, there was no relationship
between the levels of indicator microorganisms and the presence of
enteric viruses. It was not observed a pathogen accumulation during the
months of the study, indicating that these animals are able to depurate
themselves even in polluted environment.