TCCgrad
Utilização de curtose e assimetria para elaboração de carteiras de investimento
Autor
Gerent, Evandro Garcia
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. Com base nas observações de Scott e Horvath (1980) de que investidores possuem preferência pelos valores positivos de momentos centrais ímpares, como média e assimetria, e aversão a qualquer momento central par, como variância e curtose, o presente trabalho procurou verificar se estratégias de investimentos que utilizem o terceiro (assimetria) e quarto (curtose) momentos das distribuições de probabilidade dos retornos das ações apresentam rentabilidade acima do esperado, no mercado brasileiro de ações. Analisaram-se as variações diárias de cerca de 100 ações pertencentes ao IbrX entre 2003 a 2013, com rebalanceamento anual das carteiras. Após uma breve revisão acerca das teorias que embasam os métodos de precificação de ativos, verificou-se que os retornos das estratégias que usaram tanto a alta assimetria quanto a alta curtose foram significativamente superiores aos retornos dos índices Ibovespa e IbrX. Esta comparação foi feita tanto através de estatísticas t de Student, como pelo teste robusto de bootstrap proposto por Ledoit e Wolf (2008) para comparar o índice de Sharpe de duas carteiras. Construiu-se também uma carteira com as mais altas assimetrias (preferência por momentos ímpares) e as mais baixas curtoses (aversão a momentos pares) que também se mostrou significativamente superior aos dois índices. Os testes realizados trouxeram evidências de que tanto o terceiro quanto o quarto momentos de uma distribuição são fatores importantes para a precificação de ativos no mercado brasileiro, em consonância com os resultados obtidos em outros mercados como os de Dittmar (2002) e de Fang and Lai (1997).