Tesis
Padrões de concorrência no complexo agrícola e industrial de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares (PMACs) e derivados: o caso do Brasil
Autor
Yanaga, Rafael Ken Palandi
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. Desde que o Homem apareceu na Terra, depende das plantas para, e nos seus cuidados com, a
saúde. As tendências tecnológicas de utilização das plantas com finalidades terapêuticas
acompanharam a dinâmica das sociedades e do conhecimento até o século XIX. Com a
revolução industrial e com o desenvolvimento da química, os medicamentos sintéticos
passaram a ser a manifestação da mudança no paradigma tecnológico no campo da saúde. Na
mudança do paradigma técnico-econômico, do “fordismo” para a “Era do conhecimento”, os
direitos de propriedade intelectual, e o direito sobre os recursos genéticos e a biodiversidade
passam a ser os pontos focais e a expressão da disputa entre os que detêm os recursos naturais
e o conhecimento associado, e os que detêm os meios para transformar esses recursos em
poder econômico e político. Neste trabalho, identifica-se o padrão de concorrência no
complexo agrícola e industrial de plantas medicinais, aromáticas e condimentares (PMACs) e
derivados, seus fatores de competitividade e impactos sociais, econômicos e políticos. Através
de uma metodologia descritiva, quantitativa e qualitativa, realiza-se uma pesquisa em
documentos oficiais, dados e informações de institutos de pesquisa, e na bibliografia
especializada. Utiliza-se a noção schumpeteriana de concorrência e uma abordagem neoschumpeteriana.
Conceitua-se alguns termos, como técnica e tecnologia, invenção e inovação,
e os diferentes tipos de inovação tecnológica. Assim como empresa, mercado, indústria e,
cadeias e complexos produtivos. Apresenta-se o método de abordagem de padrões de
concorrência e fatores determinantes de competitividade. Se apresenta uma contextualização
histórica do tema do trabalho e uma caracterização do complexo agrícola e industrial de
plantas medicinais, aromáticas e condimentares (PMACs) e derivados. Em seguida se avalia
os padrões de concorrência através dos fatores determinantes de competitividade do
complexo. Verifica-se que várias características poderiam permitir o desenvolvimento sócioeconômico
com distribuição de benefícios para toda a população, especialmente para um
vasto conjunto de pequenos produtores, como comunidades tradicionais, agricultores
familiares, assentados, quilombolas, ribeirinhos, etc., além de permitir o desenvolvimento de
práticas menos danosas, ou até benéficas ao meio-ambiente. O Brasil tem a maior reserva de
biodiversidade mundial, além de outros recursos necessários ao desenvolvimento de
atividades dentro do complexo, e, no entanto elas não conseguem se dinamizar no país. O
governo, através de suas políticas e leis não tem contribuído satisfatoriamente para este
desenvolvimento. Esta situação não é exclusiva do país, mas parece ser constante nos países
do não desenvolvidos. Ao passo que os países desenvolvidos têm absorvido e controlado o
destino dos recursos naturais. Resultando em grande perigo para o meio ambiente e
concentração da riqueza mundial.