Tesis
Paralelo de desenvolvimento microrregional: microrregiões de campos de Lages, de Joinville e de Tubarão
Autor
Silva, Carla Roseni da
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. Desenvolvimento é um tema que vem sendo bastante discutido entre a sociedade e o governo, seu
conceito passou a ter um sentido mais amplo após abrir um leque às questões sociais. Antes da
década de 1980, desenvolvimento estava restrito apenas a idéia de crescimento econômico.A
partir de 1990, desenvolvimento passou a relacionar-se com a qualidade do crescimento, que
envolve uma educação mais eqüitativa,maior oportunidade de emprego, maior igualdade de
gênero, melhor saúde, sustentabilidade do meio ambiente, etc.Uma educação melhor e mais
eqüitativa, maior acesso a saúde, reduzem a pobreza, e por sua vez, a queda da concentração da
renda, ampliando o bem-estar da população. A sustentabilidade sugere entre outras variáveis, a
integração entre a conservação da natureza com o desenvolvimento; a perseguição de uma
eqüidade e justiça social; manutenção da integridade ecológica. O desenvolvimento também
envolve mudança estrutural. Ao aumentar a produtividade através do avanço tecnológico e
fortalecer a economia, a região é capaz de se desenvolver mais e, por conseguinte, pode gerar
uma estabilidade em sua economia. É necessário que o crescimento econômico cresça acima do
aumento da população, para que se possa expandir o nível de emprego e a arrecadação pública, a
fim de permitir ao governo realizar gastos sociais e atender prioritariamente as pessoas mais
carentes. Esse estudo foi realizado sob a ótica das teorias da Qualidade do Crescimento e do
Desenvolvimento Endógeno e a partir de indicadores econômicos e sociais do processo de
desenvolvimento retirados principalmente de fontes como a SPG (Secretaria de Estado do
Planejamento), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e o PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento). Tais dados permitiram analisar a evolução do
desenvolvimento das microrregiões de Campos de Lages, de Joinville e de Tubarão, bem como o
comportamento do crescimento populacional, PEA (População Economicamente Ativa), do PIB
per capita, a situação do desemprego, o papel de cada setor econômico na microrregião, a
concentração de renda medida pelo índice de Gini, e os indicadores do desenvolvimento:
educação, saúde, condições de moradia, pobreza, e por conseqüência, o resultado do
Desenvolvimento humano medido pelo IDH. A população em todas as microrregiões cresceu
para os anos analisados, especialmente na área urbana indicando uma possível migração da
população da área rural para a área urbana, porém, esse aumento foi desacelerando nos últimos
períodos. A PEA das microrregiões apresentou um comportamento semelhante ao da população
total, concentrando-se na área urbana, onde a taxa de desemprego também foi a mais elevada. As
maiores taxas de desemprego foram verificadas no ano de 2000, sendo que, neste ano, a
microrregião com maior taxa de desemprego geral foi a de Joinville, seguida pela de Campos de
Lages e pela de Tubarão. Através do PIB per capita, pôde-se verificar que estas microrregiões
estão crescendo economicamente, apesar de terem apresentado alguns períodos de quedas, pois
essas foram efeitos da nova reforma da taxa de inflação a partir de 1999. O setor mais
representativo é a indústria para todas as microrregiões. Através da queda da desigualdade da
renda, medida pelo índice de Gini e; por conseqüência, da pobreza, entre os anos de 1991 e 2000,
foi possível notar que todas as microrregiões obtiveram uma melhora da saúde e da educação,
refletida também pelo IDH. Porém, percebe-se ainda uma deficiência de tecnologia nas estruturas
produtivas dessas microrregiões, o que está ocasionando um avanço do número de pessoas
trabalhando no setor de serviços e comércio, característica do subemprego, o que impossibilita
uma maior melhoria da qualidade de vida da população.