Tesis
Uma avaliação da fragilidade financeira externa da economia brasileira no pós-real
Autor
Martins, Rodrigo Nivaldo
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. A década de 1990 foi para a economia brasileira, um período de intensas mudanças na
condução das políticas econômicas depois de um longo período de predomínio do modelo de
substituição de importações. A herança deste modelo, já em meados da década de 1980, era
um parque produtivo totalmente defasado, um processo inflacionário sem controle e um
elevado déficit público. Como fruto da crise financeira instalada nesta década e das propostas
da agenda do Consenso de Whashington, no início dos anos 1990, e principalmente em 1994,
um novo modelo de crescimento econômico se configurou com o Plano Real. A combinação
da abertura econômica com a estabilização monetária inaugurou uma nova fase da economia
brasileira. Nos primeiros anos de vigência do Plano Real, a política cambial privilegiou
apenas a estabilização econômica e com uma taxa de câmbio extremamente apreciada e
relativamente fixa, impactou significativamente o resultado do saldo comercial, agravando
demasiadamente o resultado das transações correntes, e por conseqüência fragilizando
financeiramente a economia brasileira. Este agravante no desequilíbrio das contas externas foi
inevitavelmente financiado pelo influxo de capitais externos, o que deixou a economia
altamente vulnerável aos choques adversos ocorridos no cenário econômico internacional.
Neste sentido, o presente trabalho de pesquisa, está focado em avaliar o grau de fragilidade
financeira externa (no sentido minskyano) da economia brasileira no pós-Real, em face às
mudanças ocorridas nas políticas econômicas e da inserção da economia brasileira no mundo
da produção e das finanças globalizadas.