Tesis
Paralelo de desenvolvimento microrregional: microrregiões de Blumenau, de Itajaí e de Joaçaba
Autor
Domingos, Danuza
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. Ao longo dos últimos anos o processo de desenvolvimento teve seu foco modificado. Deixouse
de buscar apenas crescimento econômico e a partir de 1990 este crescimento passou a ser
vinculado também a distribuição e redução da pobreza. Além dos indicadores econômicos é
também importante levar em consideração a forma como desenvolvimento está ocorrendo, ou
seja, a qualidade do crescimento e papel dos fatores locais no processo de crescimento. Neste
sentido, buscou-se analisar o grau de desenvolvimento alcançado pelas microrregiões de
Blumenau, Itajaí e Joaçaba comparativamente. Neste estudo esta análise foi feita sob a ótica
das teorias da “Qualidade do Crescimento” e do “Desenvolvimento Endógeno” e a partir de
indicadores econômicos e sociais do processo de desenvolvimento retirados principalmente de
fontes como a Secretaria do Planejamento de Santa Catarina, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada – IPEA, e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –
PNUD. Tais dados permitiram analisar a evolução do desenvolvimento das microrregiões,
bem como o comportamento da variação da população, da População Economicamente Ativa
– PEA, do Produto Interno Bruto - PIB, das taxas de desemprego, o papel de cada setor
econômico na microrregião, a concentração de renda medida pelo índice de Gini, e os
indicadores de qualidade de vida resumidos pelo Índice de Desenvolvimento Municipal –
IDHM. Concluiu-se, desta forma, que a população em todas as microrregiões cresceu a taxas
bastante elevadas para os anos analisados, especialmente na área urbana indicando uma
possível migração da população da área rural para a área urbana. A PEA das microrregiões
apresentou um comportamento semelhante ao da população total, concentrando-se na área
urbana, onde a taxa de desemprego também foi a mais elevada. As maiores taxas de
desemprego foram verificadas no ano de 2000, sendo que, neste ano, a microrregião com
maior taxa de desemprego geral foi a de Itajaí, seguida pela de Joaçaba e pela de Blumenau.
Através do PIB, considerando-se a inflação constante durante o período analisado, pôde-se
verificar que estas microrregiões estão crescendo economicamente e que os setores mais
representativos são a indústria para as microrregiões de Blumenau e Joaçaba e o de serviços
para a microrregião de Itajaí. O crescimento econômico medido pelo PIB se refletiu no PIB
per capita, mas através do índice de Gini, foi possível notar que todas microrregiões sofreram
aumento na concentração de renda entre os anos de 1991 e 2000. No entanto, consideram-se
como medida da qualidade do crescimento o IDHM, notou-se que houve melhoras parciais
para essas microrregiões que apresentaram índices em torno de 0,8 no ano de 2000. As
melhoras referentes ao IDHM foram puxadas principalmente pela IDH – Educação, um dos
sub-índices do IDHM.