Tesis
Efeito de ácidos fenólicos e sais inorgânicos no controle do bolor azul Penicillium expansum) e mofo cinzento (Botrytis cinerea) em frutos de maçã
Autor
Rocha Netto, Argus Cezar da
Institución
Resumen
TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, 2011 Santa Catarina é destaque no cenário nacional como o principal produtor de maçãs. Estima-se colher, em 2011, um total de 580 mil toneladas de maçã. Devido a esse grande volume, há necessidade de que os frutos permaneçam estocados por um longo período de tempo (cerca de 5 meses), em câmaras frias ou sob atmosfera controlada, para manter suas qualidades físicas e químicas, permanecendo atrativos ao consumidor final. No entanto, ao passo que se aumenta o tempo de permanência de armazenamento, aumentam-se os níveis de incidência de podridões pós-colheita, destacando-se as provocadas por Penicillium expansum e Botrytis cinerea. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de substâncias naturais sobre o desenvolvimento in vitro destes
patógenos e no seu controle frente às podridões ocasionadas nos frutos. Foram testados ácidos fenólicos (cinâmico, ferúlico, gálico, salicílico e vanílico) a 1, 2,5 e 5 mM, sais inorgânicos (bicarbonato de sódio, carbonato de potássio e cloreto de cálcio) a 0,75%, 1,5% e 3%. Em todos os experimentos, o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com 4 repetições. A parcela experimental foi representada por uma gota emlâmina escavada (bioensaios in vitro) ou 4 frutos no interior de uma bandeja plástica (bioensaios in vivo). Dentre os ácido fenólicos, os ácidos cinâmico e salicílico inibiram completamente a germinação dos fungos nas doses 2,5 e 5 mM, mas somente o ácido salicílico controlou a doença causada por P. expansum quando aplicado misturado à suspensão de esporos. Dentre os sais inorgânicos, bicarbonato de sódio e carbonato de potássio inibiram quase em 100% a germinação dos fungos, nas doses de 1,5% e 3%, no entanto, foi o cloreto de cálcio quem apresentou um melhor resultado no controle das podridões dos frutos. Desta forma sais inorgânicos e ácidos fenólicos apresentam potencial para utilização nos processos de pós-colheita, através da imersão de frutos em solução.