Tesis
Efeito e modo de ação dos fosfitos de potássio e da ulvana sobre a mancha foliar da gala (Colletotrichum gloeosporioides) em macieira
Autor
Araújo, Leonardo
Institución
Resumen
TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, 2007 O estágio foi compreendido em duas fases, na primeira parte (fase externa), conduziu-se os testes na Estação Experimental de Fruticultura Temperada (Vacaria - RS) da Embrapa Uva e Vinho do dia 19 de março a 18 de maio de 2007. E na segunda parte (fase interna) orientou-se os ensaios no Laboratório de Fitopatologia (Labfitop) no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) do dia 21 de maio a 18 de junho de 2007. Na Embrapa testou-se o efeito de formulações comerciais de fosfitos de potássio no controle da Mancha Foliar da Gala (MFG) em experimentos in vivo e in vitro. Mudas de macieira enxertadas em cv. Gala, foram inoculadas com uma suspensão de 3x105 conídios/mL de C. gloeosporioides. Após 48h, as plantas inoculadas foram pulverizadas com as seguintes formulações de N-P-K e doses comerciais dos fertilizantes: 0-40-20 (Phós-k®; 1,5UL/mL), (Biosulo®; 1,5UL/mL); 0-30-20 (Nutex®; 2,5UL/mL), (Biosul®; 1,5UL/mL); 0-20-20 (Nutex®; 3,0UL/mL), (Biosul®; 2UL/mL); água (testemunha). Em outro teste, as plantas foram inoculadas e após 48 h, foram tratadas somente com os fosfitos de potássio de formulação 0-40-20. Avaliou-se a percentagem de manchas e número de manchas necróticas de quinze folhas de um ramo aos 5, 6, 7, 8 e 10 dias após a inoculação (dai). Calculou-se ainda a TIA (Taxa de incremento de área foliar necrosada) e TIN (Taxa de incremento de número manchas necróticas) Nos testes in vitro, foram utilizadas doses semelhantes de íon fosfito, das formulações 0-40-20: (1,5 UL/mL), 0-30-20: (2,5 UL/mL), 0-20-20: (3,0 UL/mL). Os fosfitos foram incorporados em meio BDA a 45ºC e um disco de 8mm contendo micélio do fungo foi transferido para o centro de cada placa. Seis dias após, avaliou-se o diâmetro de colônias e IVCM (Índice de Velocidade de Crescimento Micelial). Em outro ensaio depois de incorporado os fosfitos no meio, foi repicado e espalhado com o auxílio de uma alça, 100UL de uma suspensão de conídios de 1x103 conídios/ml nas placas. Avaliou-se o número de colônias formadas aos 2,3,4,5 e 6 dias após a repicagem e TIC (Taxa de incremento de colônias) . Na UFSC, testou-se o efeito da ulvana e do fosfito de potássio (0-40-20) em aplicações curativas e preventivas sobre (C. gloeosporioides). Para verificar o efeito curativo, aplicou-se fosfito (3,0 UL/mL) ou ulvana 48,72 h após a inoculação. Na verificação do efeito preventivo, plântulas foram pulverizadas com ulvana (10 mg/mL) e inoculadas com uma suspensão de 3x105 conídios/mL nove dias após o tratamento. Para averiguar a efeito curativo aos 8 dai, avaliou-se a percentagem de área foliar necrosada, na plântula inteira. Para verificar o efeito preventivo, a porcentagem de área foliar necrosada foi avaliada aos 8 dai em folhas inferiores (diretamente tratadas) e superiores (protegidas com saco plástico no momento da aplicação - efeito sistêmico). 0s dados obtidos na Embrapa demonstram que os fosfitos de potássio têm ação fungistática sobre C. gloeosporioides, pois causam diminuição no crescimento micelial e atraso na formação de colônias in vitro. Já in vivo, foi observado controle significativo na severidade da MFG, em aplicações com fosfito de potássio de formulação 0-40-20. As características acidas dos fosfitos de potássio de formulação 0-40-20 (pH 3), podem interferir o desenvolvimento do C. gloeosporioides tanto in vitro quanto in vivo. Os resultados obtidos na UFSC indicam que aplicações pós-infeccionais de fosfito de potássio as 48 ou 72 hai, não reduzem a severidade da MFG em plântulas de macieira. Já os resultados do tratamento pós-infeccional com ulvana as 48 ou 72 hai, reforçam os estudos de Araújo et al. (2007), que afirmaram que este polissacarídeo não afeta diretamente o desenvolvimento da MFG. Em aplicações preventivas com ulvana, não foi confirmando a hipótese de que aumentando o intervalo de tempo (de 6 para 9 dias) entre o tratamento e a inoculação, resultaria em um maior nível de controle do desenvolvimento da MFG em plântulas (indução resistência).