Tesis
Diversidade de fungos endofíticos e severidade de exserohilum turcicum em cultivares isogênicas de milho (zea mays l.) convencional e transgênico
Autor
Cardozo, Aline Martins
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Curso de Agronomia. Os impactos da transgenia têm sido objeto de debates e investigações,
particularmente com relação aos efeitos epistáticos dos transgenes sobre outros
caracteres da planta não relacionados aos seus fins. Por essa razão, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a estrutura da comunidade de fungos endofíticos e a
resistência genética de uma cultivar híbrida não geneticamente modificada (NGM),
em comparação às suas duas versões isogênicas geneticamente modificadas,
sendo uma delas portadora do evento Herculex® (T1507) (GMHx) e a outra
portadora dos eventos Herculex® (T1507) + Roundup Ready® (NK603) combinados
(GMHxrr). Para tanto, os híbridos (NGM), (GMHx) e (GMHxrr) foram avaliados
quanto a resistência a helmintosporiose aos 105, 111, 123, 137 e 146 dias, após
semeadura, sob condições de infecção natural, em um experimento desenhado em
blocos completos casualizados com três repetições e parcelas constituídas de 10 m2
de área útil e densidade de 60.000 plantas ha-1. A severidade foliar média foi
estimada a partir da avaliação de uma amostra de oito plantas da área útil da
parcela, por meio de escala diagramática exibindo percentuais de lesão de 0, 1, 3, 6,
10, 25, 50, 75 e 100 %. A estrutura da comunidade de fungos endofíticos foi avaliada
por meio da técnica de PCR DGGE, após a extração do DNA total das folhas de
milho da mesma amostra de oito plantas selecionadas para avaliação de resistência
a helmintosporiose. Os tratamentos apresentaram diferenças significativas pelo teste
de Fisher (p < 0.05) quanto à severidade média foliar nas avaliações realizadas aos
111, 137 e 146 dias. A cultivar convencional separou-se das cultivares transgênicas
pelo teste SNK ao mesmo nível de significância, sendo a cultivar convencional mais
resistente a severidade de Exerohilum turcicum que as transgênicas. A comunidade
de fungos endofíticos variou entre os tratamentos, sendo significativamente diferente
entre a cultivar convencional e as cultivares transgênicas (Anosim, R Global = 0.543,
p < 0,05). As diferenças encontradas sugerem que um ou dois dos eventos inseridos
nas cultivares transgênicas podem apresentar efeitos epistáticos sobre os genes
associados à reação do milho frente a helmintosporiose, reduzindo a resistência da
planta ao patógeno. Alternativamente, essa reação também pode estar associada às
mudanças da estrutura da comunidade de fungos endofíticos entre as cultivares,
como resultado dos efeitos epistáticos dos transgenes sobre os genes envolvidos
nas interações entre plantas e endófitos.