Tesis
Análises físico-químicas e microbiológicas de água de poços de diferentes cidades da região sul de Santa catarina e efluentes líquidos industriais de algumas empresas da grande Florianópolis
Autor
VEIGA, Graziella da
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Curso de Química. A vida surgiu no planeta há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Desde então, a biosfera modifica o ambiente para uma melhor adaptação. Em função das condições de temperatura e pressão que passaram a ocorrer na Terra, houve um acúmulo de água em sua superfície, nos estados líquido e sólido, formando-se assim o ciclo hidrológico.
Sua importância para a vida terrestre é inegável. Não há ser vivo sobre a face da Terra que possa prescindir de sua existência e sobreviver. Mesmo assim, outros aspectos desta preciosidade também podem representar sérios riscos à vida.
As águas utilizadas para consumo humano e para atividades sócio-econômicas são retiradas de rios, lagos, represas e aqüíferos. A água utilizada para abastecimento público é um recurso esgotável, pois apesar da existência de grande volume de água na Terra, menos de 1% pode ser utilizada para consumo humano. (IBGE)
Embora o Brasil possua em seu subsolo as maiores reservas subterrâneas de água doce do planeta, muitos estados sofrem com a escassez de água. Nossos rios, lagos e mares, ao longo do tempo, vêm sendo severamente degradados pela ação do homem sobre o ambiente, através da urbanização desordenada, expansão de indústrias, desmatamentos principalmente em áreas ciliares, queimadas e desperdícios, que levam à redução do volume de água, contaminação e poluição. E, como conseqüência, propiciam o aparecimento de doenças de veiculação hídrica.
Falta agilidade do poder público no que diz respeito ao controle da poluição hídrica, causada pelos lançamentos de efluentes domésticos e industriais nos cursos de água. No estado de Santa Catarina, apenas 6,85% da população urbana, possui coleta de esgoto e apenas parte deste volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. (IBGE)
Os resíduos industriais e domésticos vêm trazendo sérios problemas nas últimas décadas, questão esta que atentou a opinião pública e de órgãos governamentais e não governamentais na busca de projetos sustentáveis de combate a esses impactos negativos. Além disso, a maneira pela qual são utilizados e gerenciados os recursos hídricos, tem levado a um nível de degradação ambiental e risco de escassez de água, comprometendo a qualidade de vida das futuras gerações.
Visando resguardar a qualidade da água para o consumo humano, a Organização Mundial da Saúde – OMS criou guias para a qualidade de água potável, como referência para o estabelecimento de normas de cada país, no controle da inocuidade do abastecimento de água. No Brasil, os padrões de qualidade da água, segundo as diferentes classes, foram estabelecidos pelo CONAMA 20 (Conselho Nacional do Meio Ambiente) na Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, que fixa os procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. A resolução nº 357, de 17 de março de 2005, estabelece as condições e os padrões de lançamento de efluentes líquidos.