Tesis
Avaliação da toxicidade de plantas ornamentais frente ao teste com artemia salina leach
Autor
MACHADO, Karina Zaia
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Curso de Química. Plantas tóxicas podem causar sérios danos a seres humanos e animais, com prejuízos significativos a saúde pública e a pecuária. Segundo o Centro de Informação Toxicológica do estado de Santa Catarina (CIT-SC), um número restrito de plantas ornamentais está relacionado com a maioria das intoxicações, sendo que comigo-ninguém-pode responde sozinho por 30% dos casos. Outras plantas como aroeira, arruda, copo-de-leite, coroa-de-cristo, espada-de-são-jorge e espirradeira, que serão estudadas neste trabalho, seguem a lista das principais plantas tóxicas. O bioensaio que utiliza A. salina apresenta boa correlação com ensaios de toxicidade em geral e anti-tumorais. Sendo assim, este trabalho utiliza o bioensaio de A. salina na avaliação do grau de toxicidade de algumas plantas ornamentais, notoriamente tóxicas. Por este bioensaio, toma-se como base para considerar uma planta tóxica, o valor de DL50 < 1000 ppm. As espécies ornamentais foram identificadas no Departamento de Botânica-UFSC. O material botânico foi submetido a secagem com posterior maceração em etanol. Os extratos obtidos foram concentrados em evaporador rotativo e avaliados quanto a toxicidade frente a A. salina em concentrações de 50-1000 ppm. Os testes foram feitos em triplicata, com dez larvas por tubo de ensaio, utilizando K2Cr2O7 como controle positivo (DL50 = 20–40 ppm). Após 24 hs, foi determinado a % de mortalidade para cada concentração e a DL50 foi calculada através do gráfico de % de mortalidade em função do logarítmo da concentração.
Das onze plantas testadas, as que apresentaram maior toxicidade foram Ruta graveolens (arruda), Sansevieria trifasciata (espada-de-são-jorge), Zantedeschia aethiopica (copo-de-leite), Hedera helix (hera) e Nerium ollander (espirradeira), sendo que os demais extratos não apresentaram toxicidade, segundo este bioensaio. Porém, para os extratos inativos, a toxicidade pode estar relacionada com compostos termo- ou foto-sensíveis, que não foram detectados por este método.
Finalmente, no extrato de Zantedeschia aethiopica foram feitos alguns estudos fitoquímicos prévios.