Tesis
As expressões da política nacional de humanização no serviço de onco-hematologia do HU/UFSC
Autor
Costa, Cristina Bleichvel
Institución
Resumen
TCC (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socioeconômico. Serviço Social. Os debates em relação à política de saúde brasileira têm se intensificado desde a Constituição Federal de 1988, sendo que as discussões acerca da humanização surgiram para qualificar as relações entre os sujeitos envolvidos na assistência à saúde. As discussões em relação ao tema têm se consolidado no âmbito das políticas de saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS). O tema humanização não é algo recente, tendo percorrido uma longa trajetória até se constituir como uma política dentro do SUS, conquistando seu espaço nos debates acadêmicos e entre usuários, trabalhadores e gestores, os quais vislumbram na humanização subsídios para redimensionar os atendimentos do SUS. Para melhor situarmos a temática proposta, fizemos um recorte da humanização na assistência hospitalar, tendo como objetivo conhecer as expressões da Política Nacional de Humanização (PNH) no serviço de onco-hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC). Realizamos um breve resgate das mudanças no mundo do trabalho, que, a nosso ver, tem seu paralelo com os programas de qualidade na área dos serviços e com as propostas de humanização na área da saúde. Apresentamos o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) e a PNH, destacando os seus princípios, diretrizes de atuação e objetivos. Em seguida, através dos documentos da Comissão de Humanização do HU/UFSC (CHHU/UFSC) e entrevistas com trabalhadores do setor de onco-hematologia, procuramos recuperar a trajetória da política de humanização e identificar suas expressões dentro do HU. Em nosso texto, consultamos autores de base crítica dialética. Consideramos que a humanização é um meio para qualificar as relações entre os sujeitos que prestam assistência à saúde. Todavia, se os princípios e competências do SUS fossem realmente efetivados, não existiria a necessidade de uma política de humanização, pois a humanização está implícita no arcabouço legal do SUS.