dc.description | Objetivos: avaliar a prevalência de doença periodontal (DP) autorreferida e clinicamente diagnosticada, bem como avaliar a validade diagnóstica dos dados periodontais autorreferidos. Métodos: Estudo de base populacional com 798 adultos, com idade 22-61 anos, de Florianópolis, SC, Brasil. Cirurgiões-dentistas devidamente treinados e calibrados realizaram exames odontológicos e aplicaram questionários sobre condições de saúde geral e bucal. Os exames bucais incluíram a aferição de sangramento à sondagem, cálculo dentário, bolsas periodontais e perda de inserção em seis sítios de todos os dentes de dois hemiarcos diagonais, sorteados aleatoriamente. O questionário incluiu três perguntas a respeito das condições periodontais: 1. Algum de seus dentes está mole?; 2. Sua gengiva costuma sangrar?; e 3. O dentista já disse que você tem problemas na gengiva? Foram calculadas a sensibilidade e a especificidade das perguntas sobre condições periodontais da amostra global e também segundo escolaridade, renda dos participantes e tempo desde a última visita ao dentista, considerando-se as medidas clínicas como padrão-ouro. Resultados: A prevalência de DP, segundo diferentes critérios diagnósticos, variou entre 2,6% (IC95% 1,5-3,7) e 4,3% (IC95% 2,9-5,7). O percentual de respostas positivas à questão “Algum de seus dentes está mole?” foi de 9,3% (IC 95% 7,2%-11,3%); “Sua gengiva costuma sangrar? Sim, sempre”, 3,1% (IC 95% 1,9%-4,4%); e “O dentista já disse que você tem problemas na gengiva?” de 25,3% (IC 95% 22,3%-28,3%). Os maiores valores de sensibilidade e especificidade encontrados para condição periodontal na amostra global foram, respectivamente, de 66,7% (IC 95% 43,0%-85,4%) e 97,2% (IC 95% 95,8%-98,3%) e entre os participantes com maior escolaridade, 77,8% (IC 95% 40,0%-97,2%) e 98,4% (IC 95% 96,5%-99,4%), respectivamente. Conclusão: Comparado à população adulta dos EUA, a prevalência de doença periodontal clinicamente diagnosticada neste estudo foi, em geral, menor. A questão “O dentista já disse que você tem problemas na gengiva?” apresentou os melhores resultados dentre os participantes com maior escolaridade. Sugere-se que esta pergunta pode ser utilizada como uma ferramenta de triagem em uma população que tenha níveis de escolaridade semelhantes. | |
dc.description | Objectives: To estimate the prevalence of self-reported and clinically diagnosed periodontal disease (PD), as well as to assess the accuracy of self-reported periodontal data. Methods: Population survey composed by 798 adults, aged 22-61 years, from the city of Florianópolis, Southern Brazil. DDSs properly trained and calibrated performed clinical exams and applied questionnaires about general health and oral conditions. The oral examination consisted of probing six sites per tooth in two randomly selected diagonal hemi arches. The questionnaire contained a series of three items on self-reported periodontal conditions: 1. Do you have any wobbly teeth?; 2. Do your gums usually bleed?; 3. Has your dentist ever told you have gum disease?. Sensitivity and specificity of these items were calculated for the entire sample, as well stratified by the respondents’ schooling level, income and time since the last dental visit, taking the clinical examination as the gold standard. Results: The prevalence of clinically diagnosed PD, according to different diagnostic criteria, ranged between 2.6% (95%CI 1.5%-3.7%) and 4.3% (95%CI 2.9%-5.7%). The percentage of positive responses for the question “Do you have any wobbly teeth?” was 9.3% (95%CI 7.2%-11.3%); “Do your gums usually bleed? Yes, always”, 3.1% (95%CI 1.9%-4.4%); and for “Has your dentist ever told you have gum disease?”, 25.3% (95%CI 22,3%-28,3%). The highest sensitivity and specificity values found for periodontal conditions in the whole sample were, respectively, 66.7% (95%CI 43.0%-85.4%) and 97,2% (95%CI 95.8%-98.3%) and for those with the higher schooling level, 77.8% (95%CI 40.0%-97.2%) and 98.4% (95%CI 96.5%-99.4%), respectively. Conclusions: Compared to populations, the prevalence of clinically diagnosed periodontal disease in this study was generally lower. The question “Has your dentist ever told you have gum disease?” showed better results among higher schooling participants, thus this question might be applied in populations with similar schooling levels as a screening tool. | |