Tesis
O Pastoreio Racional Voisin na transição orgânica da bovinocultura no Cerrado
Autor
Seó, Hizumi Lua Sarti
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Agronomia. O presente trabalho foi a colaboração técnica da acadêmica ao Plano de Manejo
Orgânico da Fazenda Nova Aurora através de um projeto de manejo de pastagens. A fazenda
de 269 hectares está localizada em Luziânia, Goiás. O período de realização do estágio na
propriedade foi de 9 semanas, compreendidas entre 25 de julho e 10 de outubro de 2012. A
finalidade foi iniciar o processo da transição do sistema convencional da pecuária bovina de
corte para um sistema orgânico propondo medidas de ordem técnica e administrativa através
da implantação do manejo agroecológico de pastagens conhecido como Pastoreio Racional
Voisin (PRV). Por isso, elaborou-se um plano forrageiro, um projeto de divisão de áreas e um
projeto de rede hidráulica. Os métodos utilizados foram obtidos dos estudos feitos no Núcleo
de Pastoreio Racional Voisin da Universidade Federal de Santa Catarina e das bases
científicas elaboradas por André Voisin e Luiz Carlos Pinheiro Machado. Determinadas as
áreas de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente da propriedade, foi calculada a
divisão em 147 parcelas de um hectare, com corredores e bebedouros. O plano previu ainda o
melhoramento das pastagens com o consórcio das gramíneas Brachiaria brizantha e
Andropogon gayanus cv. Planaltina com as leguminosas Stylosanthes guianensis cv.
Mineirão, Stylosanthes spp. cv. Campo Grande e Arachis pintoi cv. Belmonte. Foram
disponibilizadas fichas de ordem administrativa e recomendações técnicas com os princípios
fundamentais para o sucesso do PRV. O custo dos materiais para a implantação do projeto foi
estimado em R$ 217.463,55. O PRV poderá auxiliar na transição agroecológica da produção
animal da maneira menos impactante ao meio ambiente e com o custo mais reduzido possível,
pois mantém e devolve a fertilidade natural ao solo. O fator limitante para a sua utilização é a
capacidade de quebra dos paradigmas culturais de gestão e manejo, principalmente, dos
recursos humanos administrativos da fazenda.