Tesis
Papel da comunicação organizacional no apoio à função controle
Autor
Souza, Walker Manoel Ferreira de
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2010 A organização pode vista como um ambiente de cooperação entre seus participantes, para a consecução de seus objetivos. Essa cooperação se dá conforme um modelo mental, que configura as relações e os padrões de trabalho. A construção daquele modelo se dá através da comunicação orientada para o compartilhamento dos valores e objetivos organizacionais. A comunicação organizacional se estabelece como facilitadora de idéias e objetivos organizacionais.
A gestão da organização utiliza as funções administrativas inicialmente descritas por Fayol (1977) e, posteriormente descritas pelas quatro funções básicas da Administração: planejamento, organização, direção e controle.
No ambiente organizacional atual, registra-se o aumento da importância do capital intelectual, para o qual os padrões de controle clássicos revelam-se insuficientes. A comunicação organizacional tem seu papel reforçado como elo de compartilhamento de objetivos e valores.
No presente trabalho, buscou-se identificar o papel da comunicação organizacional no apoio à função administrativa Controle. Para tanto, utilizou-se a Diretoria Regional de Santa Catarina, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, como ambiente de pesquisa.
A metodologia baseou-se numa pesquisa qualitativa entre os gestores da organização, para identificar os valores organizacionais preconizados pela alta administração. A seguir, realizou-se uma pesquisa quantitativa, para identificar o grau de reconhecimento e de adesão dos não gestores àqueles valores, bem como grau de apoio desses valores à função Controle.
Com base no resultado das pesquisas e na literatura consultada, pode-se constatar que há, na empresa pesquisada, uma atividade consistente e organizada de comunicação organizacional, através da qual o corpo funcional reconhece a existência de valores organizacionais e padrões de trabalho. Identificou-se na força de trabalho uma postura coerente com os valores e objetivos preconizados pela administração, o que reforça o controle. Apesar disso, constatou-se também uma divergência de visões entre o topo e a base da organização, que foi considerada aceitável, dada a natureza humana de seus participantes.