dc.contributorFurtado, Sandra Maria de Arruda
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorAdami, Rose Maria
dc.date2012-10-25T11:45:17Z
dc.date2012-10-25T11:45:17Z
dc.date
dc.date.accessioned2017-04-03T21:07:50Z
dc.date.available2017-04-03T21:07:50Z
dc.identifier280534
dc.identifierhttp://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94544
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/711653
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2010
dc.descriptionO trabalho tem por objetivo compreender como foram construídos os significados atribuídos aos cursos d'água nas diferentes fases do processo de ocupação das terras da bacia do rio Criciúma (SC), desde o processo de colonização em 1880 até os dias atuais. O significado dos objetos norteia a relação dos indivíduos entre si e com seu meio. No caso estudado, a relação de diferentes grupos sociais que ocuparam a bacia do rio Criciúma ao longo do tempo depende do significado atribuído a este recurso, o que reflete nas formas de apropriação dos rios. O significado é uma construção mental acerca de um objeto e essa construção depende de valores, percepções, experiências e são abstratos. Quando há tentativa de comunicá-lo, perde-se alguma parte do seu conteúdo. A sua expressão dá-se por meio de diferentes linguagens, que na realidade representam este significado. As formas de apropriação do rio são também representações de significados atribuídos pelos grupos sociais apropriadores a este elemento da paisagem. A partir dos conceitos e abordagens da Geografia Cultural, faz-se um estudo das representações, incluindo as formas de apropriação, em diferentes contextos sócio-econômicos culturais pelas quais passou o processo de ocupação humana da bacia. Para compreender os significados e suas representações foram pesquisadas diferentes linguagens a partir de entrevistas, pesquisas bibliográficas, fotografias, mapas, leis e normas municipais. Três períodos históricos foram identificados durante o processo de ocupação da bacia, com distintas formas de apropriação dos cursos d'água. O primeiro período vai da colonização até 1930, quando as atividades econômicas predominantes eram a agricultura, o comércio e as pequenas manufaturas. Nessa época, o rio era um elemento referencial para as pessoas, pois se constituía no eixo norteador do processo de colonização e do traçado urbano, gerador de força motriz para os engenhos e atafonas e para abastecimento de água potável. No segundo período, de 1930 até 1950, a principal atividade econômica era a exploração de carvão, que utilizava o rio para a lavagem ou beneficiamento do desse mineral, drenagem das áreas ácidas, com consequente contaminação, assoreamento por deposição de material fino do carvão e desvios dos cursos d'água. Associada à mineração, houve a vinda de um contingente populacional acentuado para o município, e essas pessoas não tinham o rio Criciúma e seus afluentes como uma referência dos seus espaços vividos. Por isso, não havia problema em contaminá-lo com esgotos domésticos, mesmo aqueles que não estavam contaminados com carvão. O rio Criciúma passa a ter um significado negativo de sujo e mau cheiroso, por causa da apropriação para o despejo de efluentes do carvão, esgotos domésticos e resíduos sólidos. O terceiro período ocorre a partir de 1950, a bacia começa a ser intensamente urbanizada e, no final dos anos de 1960, inicia o processo de verticalização no alto e médio vale do rio Criciúma. Muitos trechos do rio e seus afluentes foram canalizados com contenção de margem e fundo e alguns até recobertos para a apropriação do espaço dos seus leitos e para resolver os problemas do cheiro exalado e das inundações. Partes dos rios desapareceram da paisagem da bacia por causa das canalizações e recobrimentos e passaram a não ter significado, pois não existem aos olhos de muitos moradores. Contudo, nos momentos de precipitações elevadas, o rio volta a se mostrar em forma de inundações, gerando na população uma sensação de medo. Nesses períodos o rio Criciúma e seus afluentes têm um significado para população, mas este significado esta ligado a sentimentos ruins. Conclui-se que, em cada período identificado, o rio Criciúma como elemento da paisagem recebeu distintos significados, traduzidos pelas representações, os quais são materializados por diferentes formas de apropriação.
dc.format296 p.| il., mapas
dc.languagepor
dc.subjectGeografia
dc.subjectBacias hidrograficas
dc.subjectSolo -
dc.subjectUso
dc.subjectRepresentações sociais
dc.titleOs significados e representações atribuídos aos cursos d'agua da bacia do Rio Criciúma (SC) desde 1880 até 2009 e suas influências na configuração da paisagem
dc.typeTesis


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