dc.description | Avaliar o estado nutricional e consumo alimentar de crianças com deficiência mental, com ênfase no cálcio e no ferro. Métodos: participaram todas as crianças matriculadas na instituição (n=24) com idade entre 06 e 11 anos, com deficiência mental. O consumo alimentar foi obtido através de três recordatórios de 24 horas. Foram avaliados os valores de cálcio total, cálcio iônico, fósforo, paratormônio, hemoglobina, ferritina sérica e hematócrito. A avaliação nutricional incluiu os indicadores IMC/idade, estatura/idade, percentual de gordura e albumina. Resultados: aproximadamente 42% das crianças possuíam dificuldades de para se alimentar. Metade do grupo apresentou baixo consumo energético (mediana=1939). O consumo de cálcio foi deficiente em 87% da amostra (mediana=762,67mg). Quanto ao ferro, 17% das crianças apresentaram ingestão inadequada (mediana=10,44 mg), havendo relação entre essa e a presença de dificuldades de alimentação (p<0,05). Cinco crianças estavam com o cálcio iônico baixo e quatro apresentaram paratormônio elevado. Na dosagem de hemoglobina todos os exames estavam normais, embora 29,2% da amostra apresentou hematócrito baixo. Na avaliação nutricional, 40,4% e 16,7% das crianças apresentaram inadequação do indicador IMC/idade e estatura/idade, respectivamente. Apenas 20% das crianças estavam com o percentual de gordura adequado. Conclusão: embora a maioria dos exames estivesse normal, uma parcela significativa das crianças não ingeriu quantidades adequadas de energia, ferro e cálcio, além de apresentar estado nutricional prejudicado. Orientação e acompanhamento nutricional se fazem necessários, bem como mais pesquisas abordando essa temática.
To evaluate nutritional status and food consumption on disabled children, with emphasis on calcium and iron. Methods: the study included all registered children (n=24), 06-12 years old, with mental disability. Food consumption was obtained using three 24 hours recall. Were evaluated albumin, ionic and total calcium, ferritin, hemoglobin, hematocrit, parathormone and phosphorus. The nutritional evaluation included BMI/age, height/age, body fat and albumin. Results: almost 42% of children had eating difficulties. Half part of group presented low energy intake (median=1939). Calcium consumption median was 762,67 mg. It was deficient in 87% of the sample. Iron intake median was 10,44mg and 17% of the children presented intakes under references, related to eating difficulties (p<0,05). Five children had low ionic calcium levels and four children had high parathormone levels. All hemoglobin dosage exams were normal, although 29,2% of the sample had low hematocrit. Three children presented low ferritin, associated with low iron intake (p<0,01). In the nutritional evaluation, 40,4% of the children had inadequacy for BMI/age and 16,7% inadequacy for height/age. Only 20% of the children had normal body fat levels. Conclusion: although most of the biochemical results were normal, a significant part of the children had lower energy, calcium and iron intakes and showed impaired nutritional status. This fact can compromise the health and life quality of those children. It is necessary nutritional following and more researches about this thematic. | |