Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e UrbanismoAs modificações realizadas após a ocupação de habitações de interesse social são inevitáveis. Mesmo um olhar leigo percebe que as moradias deixadas intactas são a exceção, e não a regra. As alterações ocorrem para adequar a moradia original à realidade de seus moradores. Os motivos podem ter origem nas necessidades espaciais, nas condições econômicas e nos valores sociais ou culturais de seus ocupantes. Estas modificações além de terem um custo (econômico) podem comprometer a habitabilidade da moradia, tanto na sua funcionalidade espacial como no conforto ambiental. A situação pode ser agravada se afetar também as habitações vizinhas. Para minimizar tais impactos, deve-se durante a concepção da unidade residencial buscar soluções de projeto que permitirão que as futuras alterações sejam executadas de maneira simples e racional. Neste trabalho estas soluções de projeto são chamadas de estratégias de flexibilidade. A habitação projetada com estas estratégias é caracterizada como flexível. Neste trabalho a flexibilidade da habitação é estudada a partir de sua história, seus conceitos e suas aplicações. Também são apresentados os motivos que fundamentam a necessidade da habitação ser flexível. Finalmente são identificadas as estratégias de flexibilidade essenciais para o projeto da habitação social flexível a partir de pesquisa bibliográfica de âmbito global e pesquisa de campo em habitações sociais no oeste do estado de Santa Catarina, Brasil.