Tesis
Satisfação no trabalho para farmacêuticos empregados em farmácias comerciais do município de Florianópolis, Santa Catarina - 2001
Autor
Borges, Felipe Pasquotto
Institución
Resumen
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública A satisfação no trabalho é um indicador fundamental das condições em que um trabalho é exercido. Ela é um assunto que vem sendo amplamente pesquisado nos campos da sociologia, psicologia e administração de empresas, nos quais encontra inúmeras explicações para os seus determinantes. Com a profissão farmacêutica, cujas ações podem ter reflexos na saúde da população, estudos de satisfação no trabalho são quase inexistentes, considerando o Brasil. Por este motivo, o objetivo principal do presente levantamento foi identificar determinantes da satisfação no trabalho para farmacêuticos. A população pesquisada consistiu de 71 profissionais empregados em estabelecimentos comerciais de Florianópolis, Santa Catarina, os quais estavam oficialmente registrados como farmacêuticos responsáveis técnicos no Conselho Regional de Farmácia do referido estado. Os dados foram coletados através de questionários pré-testados e validados, entregues e recolhidos pessoalmente aos convidados à participação da pesquisa. O instrumento de coleta de dados continha questões sobre dados demográficos, características objetivas e subjetivas do trabalho e maiores motivos de satisfação e insatisfação do respondente. Setenta e dois por cento dos indivíduos eram do sexo feminino, 84% possuíam entre 21 e 32 anos, e 87% estavam empregados na farmácia havia três anos ou menos. Conforme a análise de regressão múltipla, a satisfação no trabalho associa-se positivamente à adequação da remuneração, à participação nas tomadas de decisão na farmácia e ao vínculo empregatício com estabelecimentos de rede. Espontaneamente, o atendimento de usuários e o reconhecimento foram os motivos mais citados de satisfação no trabalho, enquanto a baixa remuneração e a falta de reconhecimento foram as mais mencionadas razões de insatisfação. As informações levantadas são de grande importância para que os gestores de organizações farmacêuticas repensem as condições de trabalho oferecidas aos profissionais sob sua direção. Estes, mais satisfeitos, têm menor probabilidade de abandonarem seus postos de trabalho e, conseqüentemente, a qualidade dos serviços oferecidos pela farmácia à comunidade tem o potencial de melhorar. Supõe-se que haverá, na década de 2000, uma alta taxa de abandono de emprego pelos farmacêuticos empregados nas farmácias comerciais, sobretudo por parte daqueles que estejam constantemente insatisfeitos com algum aspecto do trabalho.