dc.description | Este estudo trata da caracterização da população e dos atendimentos realizados no serviço de atendimento infantil da clínica-escola de Psicologia de uma Universidade pública da cidade de Florianópolis. O percurso metodológico exploratório-descrivo ocorreu através de pesquisa documental da população infantil (de 2 a 12 anos) que buscou atendimento no período de 1997 a 2000. As variáveis examinadas foram: idade, sexo, escolaridade, queixas, origem do encaminhamento, renda familiar, idade e tipo de profissionalização dos pais, tempo de espera; tempo, quantidade e modalidades de atendimento; tipos de encerramento e motivos das desistências. Os resultados, analisados através de tratamento estatístico, constataram: a faixa etária de maior concentração de 7 a 10 anos, predominantemente de meninos e a escolaridade com maior ocorrência é a de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. As queixas principais mais freqüentes são de mau desempenho escolar e de comportamento agressivo e/ou agitado; a origem do encaminhamento com maior freqüência é da escola ou de profissionais da saúde. O intervalo de tempo de espera para atendimento é longo e a evasão é alta, pois 45% desistem antes de iniciar o atendimento, e, dos que iniciam, 40,7% interrompem o processo. A média do tempo de atendimento é de 5,6 meses nas modalidades de psicodiagnóstico, psicoterapia breve e terapia familiar. Na análise dos resultados compara-se os resultados de pesquisas nacionais similares. As clínicas-escola estão mais a serviço do estágio do que das demandas da clientela, é necessário a implantação de estratégias de avaliação dos processos terapêuticos. | |