Tesis
Diagnóstico físico e socioambiental do Parque Municipal da Lagoa do Peri
Autor
Pereira, Moisés Alan
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia No intuito de obter subsídios para o plano de manejo, o presente estudo buscou adequar a unidade de conservação Parque Municipal da Lagoa do Peri, à metodologia para Diagnóstico Físico-Conservacionista-DFC de bacias hidrográficas, desenvolvida pelo CIDIAT/MARNR, da Venezuela e adaptada para condições catarinenses por BELTRAME (1990). Assim, utilizou-se o zoneamento ambiental do parque como definição dos setores da área pesquisada, para posterior comparação dos estados ambientais. Após, de acordo com a metodologia, definiu-se sete parâmetros físicos: grau de semelhança entre a cobertura vegetal original e a atual; grau de proteção fornecido ao solo pela cobertura vegetal atual; declividade média; erosividade da chuva; erodibilidade do solo; densidade da drenagem e balanço hídrico. Para desenvolvimento do DFC e elaboração de dez mapas temáticos na escala 1:25.000 do parque, utilizou-se de fotografias aéreas, dados de geologia, amostras de solo superficial, uso da terra, dados de precipitação, temperatura e referencial bibliográfico, entre outros. A identificação dos parâmetros foi expressa de forma numérica, através de fórmula descritiva, possibilitando estabelecer o risco de degradação dos setores do Parque do Peri e permitindo avaliar aspectos quanto à preservação e conservação dos recursos naturais. Almejando abordar as relações (conflitos e adaptação) dos moradores locais com a instituição do parque, integrou-se a esses resultados, dados levantados por entrevistas, que focalizaram a criação da unidade e os conflitos de uso existentes, obtendo como produto final, o diagnóstico físico e socioambiental. Através dos resultados alcançados foi possível quantificar, qualificar e comparar o potencial de suscetibilidade à degradação física de cada setor do Parque do Peri, identificar seus principais problemas e eleger os setores que merecem prioridade na busca de soluções. Utilizou-se como referencial neste procedimento, a capacidade de uso das terras e o zoneamento ambiental do parque. Como resultado obteve-se a distribuição espacial de situações conflitantes, que foram agrupadas em duas categorias: sobre-utilização e sub-utilização. Sendo assim, concluiu-se que o setor Área de Paisagem Cultural é o que apresenta maior suscetibilidade de riscos de erosão, necessitando adoção de medidas conservacionistas no uso da terra. Quanto aos aspectos culturais, este setor carece de incentivos para resgate e fortalecimento das atividades tradicionais, pois corre sério risco da sua extinção. Para o setor Área de Lazer, onde o zoneamento ambiental permite visitação pública para lazer, recreação e educação ambiental, sugere-se adaptação e aplicação do "limite aceitável de câmbio-LAC", que fornece indicadores ambientais para uso e monitoramento dessas atividades.