Tesis
Os verbos psicológicos e a queda da preposição A no português do Brasil
Autor
Costa, Doris Maria da
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Este é um trabalho de sintaxe comparativa entre os verbos psicológicos no italiano e do PB. Trata do desaparecimento da preposição a nos DPs experienciadores em sentenças com verbos psicológicos que apresentam o tema na posição de sujeito no PB. Como Belletti & Rizzi (1988) consideramos estes verbos inacusativos e com o experienciador numa posição mais alta do que o tema. Note que os verbos têm dois argumentos. No PB, o sujeito desses verbos não reage bem a testes como o do clítico anafórico, de pro arbitrário e da passivização. No entanto, os testes evidenciam que o sujeito desses verbos não é argumento externo do verbo. Ao mesmo tempo o objeto experienciador, ao ser substituído por um quantificador universal, tem escopo sobre um WH tema, mostrando que o c-comanda. Reafirmamos que este tipo de verbo não atribui caso acusativo estrutural, mas, por outro lado, atribui caso acusativo inerente. Queremos propor que a preposição a se tornou específica para atribuir caso acusativo inerente. Como ela não é um atribuidor "forte", nos contextos em que compete com o verbo para atribuir caso ela desaparece. Quando o DP experienciador aparece deslocado à esquerda ela reaparece porque as marcas casuais se diluem e precisam ser reforçadas.