dc.description.abstract | Esse estudo avaliou a atividade do tipo ansiolítica do extrato aquoso (EA) e de uma fração semi-purificada (PPT-3) da Cuphea cadhagenensís (Jacq.) J. F. Macbr., popularmente conhecida como sete-sangrias. Para este fim foi utilizado o modelo experimental do labirinto em cruz elevado (LCE) em camundongos. Nossos resultados mostram que o EA (0,25 - 1,0 g/kg v.o.) e o PPT-3 (0,1 - 0,5) alteram significativamente tanto os parâmetros espaço-temporais quanto ecológicos nesse modelo, o que indica um efeito do tipo ansiolítico, promovendo um aumento da frequência e permanência dos animais nos braços abertos, bem como o número de imersões de cabeça e uma redução do número de estiramentos. Os mesmos tratamentos, no entanto, não apresentaram nenhum efeito em testes complementares, realizados com o intuito de se obter algum indicativo do mecanismo de ação ansiolítico observado. Os testes realizados foram o sono induzido por barbitúrico, e convulsões induzidos por pentilenotetrazoi (PTZ) ou por eletrochoque transcorneal máximo, onde drogas que atuam como os benzodiazepínicos são facilmente detestáveis. Esses resultados complementares associados ao fato de que o pré-tratamento com antagonistas de receptores colinoceptivos nicotínicos neuronais, mecamilamina e metilcaconitina, foram capazes de reverter o efeito do tipo ansiolítico exercido pelo EA, sugerindo que este efeito possa envolver, direta ou indiretamente esses receptores. No entanto, o mecanismo molecular de ação responsável por esse efeito do tipo ansiolítico da Cuphea carthagenensis, assim como sua toxicologia, necessita ser melhor investigado. | |