Tesis
A comunicação terapêutica vivenciada por alunos do curso técnico em enfermagem
Autor
Maftum, Mariluci Alves
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Trata-se de um trabalho de pesquisa prática apresentado de forma descritiva, realizado no período de março a setembro de 1999. Teve como objetivo descrever como o aluno do Curso Técnico em Enfermagem utilizou os conhecimentos de comunicação humana e comunicação terapêutica na relação interpessoal com o paciente psiquiátrico institucionalizado durante o desenvolvimento do estágio curricular da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica. Participaram desse estudo dez alunos. Teve como base Stefanelli, Bordenave e Travelbee. O método utilizado para coleta de dados foi o diário. O processo compreendeu dois momentos singulares: no primeiro, em sala de aula, os alunos foram instrumentalizados com os conteúdos de comunicação humana e comunicação terapêutica; no segundo momento, em campo de estágio, em quatro unidades de internação de um hospital psiquiátrico da cidade de Curitiba, os alunos desenvolveram o relacionamento interpessoal com o paciente, tendo registrado em um diário a interação entre eles. A análise permitiu evidenciar o uso das estratégias de comunicação terapêutica segundo o grupamento expressão, clarificação e validação, apresentado no referencial. Alguns modos de comunicação considerados não-terapêuticos também foram apreendidos nos relatos dos alunos. Possibilitou ainda identificar o uso, pelo aluno, da comunicação não-verbal para se aproximar, assim como a observação de manifestações de comportamento do paciente. Na análise dos relatos dos alunos foi possível observar que o processo de comunicação terapêutica entre eles e o paciente ocorreu em três estágios diferentes, que denominei aproximação, efetivação e ação. Os dados evidenciados levaram-me a visualizar que o ensino de conteúdos sistematizados de comunicação humana e comunicação terapêutica ajuda o aluno a desenvolver a competência interpessoal na relação com o paciente psiquiátrico, facilitando a abordagem e a manutenção do diálogo, tornando a sua comunicação terapêutica, pelo seu uso consciente.