| dc.description | Nesta dissertação analisamos as estratégias políticas, econômicas e culturais que levaram a Rede Brasil Sul de Comunicações, a RBS, da família gaúcha Sirotsky, a conquistar a liderança entre as emissoras de televisão catarinense, entre 1979 e 1992. Como estratégia de implementação, a RBS se articulou politicamente com as elites dominantes de Santa Catarina e de Brasília para conquistar a concessão da TV Catarinense de Florianópolis. Em seguida, aliou-se aos representantes do empresariado local para a compra dos outros três canais de televisão no estado. Num segundo momento, na fase de consolidação do grupo de Santa Catarina, verificamos que as estratégias políticas tomaram a forma da atuação organizativa que a RBS empreendeu junto a sociedade catarinense: através de seminários e eventos ligados à mídia e aos anunciantes; através da atuação junto aos outros empresários de comunicação no sindicato e associação de classe; junto às elites políticas locais através de espaços abertos na programação, entre outros; e junto ao público, através de campanhas de solidariedades, eventos, programação e atuação filantrópica. As estratégias econômico-tecnológicas consistiram na implantação de um modelo de televisão regional baseado em uma rede própria de microondas acompanhada de um sistema de captação de anúncios publicitários, para serem veiculados nas quatro emissoras que geram programação e também publicidade local. Dentre as estratégias culturais, identificamos a prioridade à produção local (principalmente jornalística) como espaço de difusão de cultura regional, apoiada ao mesmo tempo na programação de maior qualidade e audiência do país, a da Rede Globo. A pesquisa foi feita através de entrevistas e levantamento documental e hemerográfico em arquivos e órgãos públicos, associações patronais de classe, e dentro da própria RBS. | |
