dc.creatorem Revista, Psicanálise e Barroco
dc.date2019-04-07
dc.date.accessioned2023-06-16T20:52:34Z
dc.date.available2023-06-16T20:52:34Z
dc.identifierhttp://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8926
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/6689331
dc.descriptionO que pode haver em comum entre a psicanálise e o barroco? Qual seria o sentido da conexão entre esses dois campos tão diversos? Em que o barroco poderia interessar à teoria e à clínica psicanalítica? Que tipo de interlocução atenderia tanto à expressão barroca como à psicanálise? Nossa Revista tem por objetivo dedicar-se à abordagem de questões como essas e sobre as quais temos nos dedicado desde 1999 no projeto “Psicanálise & Barroco: aproximações no campo da ética”, desenvolvido junto ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Subjetividade e Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora. Esse projeto teve como ponto de partida nossas pesquisas, que remontam a 1992, sobre a ética da psicanálise. Durante esse trabalho que desenvolvemos, promovemos articulações entre a psicanálise e a arte trágica, até chegar ao ponto em que nos encontramos atualmente, no qual agregamos ao site www.psicanaliseebarroco.pro.br, esta revista eletrônica. A questão "O que devo fazer para ser feliz?" está no centro de toda reflexão ética. A referência à ética diz respeito à maneira de se pensar a relação do sujeito com sua ação. No que diz respeito à psicanálise, vale tanto compreender qual é o sentido da intervenção de um psicanalista - o que ele visa - quanto qual a função da intervenção da psicanálise na cultura - o que ela pretende? Em ambos os sentidos, o que encontramos é uma concepção da condição humana perpassada pelos impasses e conflitos inerentes à própria humanidade. Nesse sentido, a psicanálise não trabalha nem com visões ideais de sujeitos e nem com idealizações do mundo. A arte barroca parece ser a expressão plástica e literária do sujeito tal qual abordado pela ética psicanalítica, trazendo subsídios de visibilidade para a difícil transmissão dessa ética, que foi e ainda é, tantas vezes, confundida com éticas psicológicas e filosóficas diversas. A partir de então, acabam se originando lamentáveis distorções da originalidade da proposta freudiana, sendo esse o ponto no qual se situam tanto sua fecundidade clínica quanto a riqueza de sua contribuição para a cultura. Este trabalho, que nos exigiu uma verdadeira imersão no barroco a fim de captar-lhe o espírito, vem ganhando muitos outros desdobramentos, como os que são citados a seguir: a partir da proposta de Eugene d'Ors, pensar o barroco e o clássico como dois modos de orientação do psiquismo, duas formas de sensibilidade; entender, com Irlemar Chiampi, o barroco como precursor da modernidade, que, nesse caso, é localizada por Baudelaire como a inauguração da uma nova concepção de abordagem do belo, que passa, então, a reconhecer a beleza do que se movimenta, do que se transforma e também do que é transitório tal como igualmente é defendido por Freud. Privilegiamos utilizar o espaço dessa Revista, que caracterizamos como uma publicação de Psicanálise, Arte e Cultura, para a publicação do que estamos chamando nossa obras avançadas, ou seja, monografias, ensaios e artigos que foram desenvolvidas por pesquisadores que integram a equipe do projeto. Além disso serão incluídos também textos de colaboradores com quem estabelecemos parcerias de trabalho. Nessa mesma perspectiva estaremos acolhendo ainda propostas de textos a serem incluídos em próximos números, mediante o aval de nosso Conselho Editorial. As normas para o seu remetimento encontram-se explicitadas no site da pesquisa. Neste primeiro número destacamos a interlocução com a literatura. Os trabalhos de Raquel Ruff e de Camila Hallack, cada um dentro do estilo próprio de suas autorias, focalizam a literatura barroca de modo a oferecer uma abordagem que promova sua articulação com a psicanálise e sua ética. Encontra-se também disponibilizado neste número, a peça A face oculta do amor, de nossa autoria, que diz respeito a versão teatral do livro de mesmo nome. Trata-se da tentativa de valer-nos da arte como um operador nas possibilidades da transmissão da psicanálise. Quanto ao livro mencionado, o mesmo contou com uma apurada resenha crítica do psicanalista e escritor Marco Antônio Coutinho Jorge, também publicada nesta edição. Chamamos a atenção ainda para a resenha que o escritor Gilberto Felizberto Vasconcellos fez do livro Idéias Filosóficas do Barroco Mineiro de Joel Neves. Com seu estilo sempre arrojado e perspicaz, Gilberto nos oferece uma lente curiosa para a apreciação dessa importante obra. Sendo assim, sem mais, convidamos nossos leitores a um pequeno mergulho nessas águas adensadas pela literatura à luz da psicanálise, onde o barroco a tragédia e reflexões desta natureza compõem o que agora lhes apresentamos, esperando que gostem. Por Denise Maurano Mellopt-BR
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiropt-BR
dc.relationhttp://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8926/7685
dc.rightsCopyright (c) 2019 Psicanálise & Barroco em Revistapt-BR
dc.sourcePsicanálise & Barroco em Revista; v. 1 n. 1 (2003); 121pt-BR
dc.source1679-9887
dc.titleREVISTA COMPLETA. Ano 01. Número 01: Edição julho de 2003.pt-BR
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dc.typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion


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