| dc.description.abstract | Introdução: A mortalidade entre pacientes com HIV é de 3 a 15 vezes maior do que na população em geral. Atualmente, a maioria das mortes é devida a doenças não infecciosas. A inflamação crônica e os eventos adversos decorrentes da terapia antirretroviral desempenham papéis cruciais no aumento do risco cardiovascular (CVR). Métodos: Este estudo transversal teve como objetivo avaliar a espessura médio-intimal da carótida (CIMT) e biomarcadores inflamatórios (dímero D, ADAMTS13, GDF-15, sICAM-1, MPO, mioglobina, NGAL, SAA, sVCAM-1 e p selectina) entre pacientes virgens. Resultados: Foram incluídos 67 participantes: mediana de idade, 32 anos; homens, 82,1%; não brancos, 61,1%; nível superior, 62,7%; e expostos ao HIV por meio de relação sexual (homens que fazem sexo com homens), 68,7%. A carga viral mediana e o valor de LTCD4+ foram 42.033 cópias/mL e 426 células/mm³. A prevalência de hipertensão arterial foi de 16,4%; os de diabetes melito e dislipidemia foram de 3% e 70,1%, respectivamente. A CIMT foi de 494,08 (± 96,84mm). A idade vascular média foi de 33,2 ± 18,9 anos, um ano a mais que a idade cronológica, sem significância estatística. Conclusões: A maioria dos participantes apresentou baixa RCV (94%). Após a reclassificação, considerando os percentis da EIMC, 13 (19,4%) pacientes apresentaram RCV média/alta, enquanto 54 (80,6%) pacientes apresentaram RCV baixa. A diferença entre as proporções de RCV quando se considera a EIMC e seu percentil correspondente foi estatisticamente relevante. O índice de massa corporal foi o único preditor de maior RCV (p = 0,03). Nenhum biomarcador foi encontrado para prever a RCV. Pessoas vivendo com HIV têm alta prevalência de dislipidemia antes da terapia ARV. | |
