dc.description.abstract | O presente estudo teve como objetivo avaliar danos oxidativos no material genético e expressão de genes relacionados ao reparo de danos oxidativos no DNA de profissionais expostos ocupacionalmente aos anestésicos inalatórios. Participaram do estudo 60 médicos atuantes em um hospital universitário terciário, sendo 30 anestesiologistas expostos ocupacionalmente aos resíduos de gases anestésicos mais modernos: isoflurano, sevoflurano e desflurano, além do gás óxido nitroso (grupo exposto) e 30 médicos sem exposição aos anestésicos (grupo controle), os quais foram pareados por idade, sexo e estilo de vida. Os danos oxidativos no DNA foram detectados pelo teste do cometa enquanto que a expressão de dois genes de reparo de danos oxidativos no DNA (hOGG1 e XRCC1) foi avaliada por reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (qPCR). Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às características dos participantes, quanto aos danos oxidativos no DNA nem em relação à expressão de ambos os genes avaliados (p > 0,05). Desse modo, diante das condições deste estudo, nossos achados sugerem que a exposição crônica aos resíduos de gases anestésicos mais comumente utilizados não esteja associada aos danos oxidativos no genoma nem à modulação de expressão de genes relacionados ao reparo de danos oxidativos no DNA de anestesiologistas atuantes em centro cirúrgico de hospital universitário. Porém, ressalta-se a importância do constante biomonitoramento humano para a identificação e quantificação de possíveis riscos que os resíduos de gases anestésicos possam exercer sobre a saúde dos profissionais. Possivelmente, outros mecanismos e vias podem estar associados aos possíveis efeitos tóxicos envolvidos na exposição ocupacional aos anestésicos inalatórios. | |