dc.contributorSilva, Lúcia Helena Oliveira [UNESP]
dc.contributorOliveira, Érika Cecília Soares
dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2021-07-29T20:22:18Z
dc.date.accessioned2022-12-19T23:40:55Z
dc.date.available2021-07-29T20:22:18Z
dc.date.available2022-12-19T23:40:55Z
dc.date.created2021-07-29T20:22:18Z
dc.date.issued2021-06-04
dc.identifierhttp://hdl.handle.net/11449/213758
dc.identifier33004048018P5
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5394024
dc.description.abstractA escritora Carolina Maria de Jesus (191?-1977) construiu um acervo literário composto por mais de cinco mil folhas, permeado por diversos gêneros, cujos textos foram escritos a partir da forte influência da oralidade e da memória, elaborando uma dicção que pode ser classificada como “poética de resíduos” (FERNADEZ, 2019). As suas experiências transmutadas em memória são o fio condutor de seus textos. Por estar fora de uma conjuntura hegemônica, emergindo de uma mulher negra e pobre, sua obra foi pensada como uma “escrevivência”, termo cunhado pela escritora Conceição Evaristo, que vai além de uma escrita autobiográfica, pois, mais do que uma necessidade de existência através da escrita, ele nos permite vislumbrar a resistência coletiva por trás do silenciamento de corpos negros. Para Carolina Maria de Jesus, o papel da infância é crucial nesse processo. Este destaque está atrelado à autorecuperação que a “escrevivência” promove. Ao expressar o seu eu-menina, ela reconstrói seu passado e presente sob uma nova ótica, podendo erguer sua voz, singular e coletivamente, nesse novo processo. Portanto, a pesquisa propõe a análise da expressão de infância da escritora Carolina Maria de Jesus a partir de suas narrativas datiloscritas, produzidas durante as décadas de 1960 e 1970, e microfilmadas pela Fundação da Biblioteca Nacional. O acesso a este material foi possível devido a uma cópia disponível no Centro de Documentação e Apoio a Pesquisa (CEDAP- Assis, SP). Além disso, a obra “Meu sonho é escrever...” (JESUS, 2018), também é utilizada, pois incorpora grande parte dessas narrativas datiloscritas, auxiliando na compreensão das páginas que estavam deterioradas. O recorte temporal segue a dupla temporalidade da “escrevivência” carolineana, isto é, o tempo rememorado e o tempo da escrita, o que contempla o período da década de 1910 a 1977. Assim, é possível lidar com a ordem flutuante estabelecida por Carolina de Jesus em seus textos e analisar sua expressão de infância.
dc.description.abstractThe writer Carolina Maria de Jesus (191?-1977) built a literary collection composed of more than five thousand pages, permeated by different genres, whose texts were written based on the strong influence of orality and memory, developing a diction that can be classified as “poética de resíduos” (FERNADEZ, 2019). Her experiences transmuted into memory are the guiding thread of her texts. For being outside of a hegemonic conjuncture, emerging from a poor black woman, her work was thought of as a "escrevivência", a term coined by Conceição Evaristo, which goes beyond an autobiographical writing, as it is more than a need for existence through from writing, it allows us to glimpse the collective resistance behind the silencing of black bodies. For Carolina Maria de Jesus, the role of childhood is crucial in this process. This highlight is linked to the self-recovery that “escrevivência” promotes. By expressing her girlself, she reconstructs her past and present under a new perspective, being able to raise her singular and collective voice in this new process. Therefore, the research proposes the analysis of the childhood expression of writer Carolina Maria de Jesus from her typewritten narratives, produced during the 1960s and 1970s, and microfilmed by the National Library Foundation. Access to this material was possible due to a copy available at the “Centro de Documentação e Apoio a Pesquisa” (CEDAP- Assis, SP). In addition, the work “Meu sonho é escrever...” (JESUS, 2018), is also used, as it incorporates a large part of these typewritten narratives, helping to understand the pages that were deteriorated. The time frame follows the double temporality of Caroline's “escrevivência”, that is, the time recalled and the time of writing, which includes the period from the 1910s to 1977. Thus, it is possible to deal with the fluctuating order established by Carolina de Jesus in his texts and analyze his childhood expression.
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rightsAcesso aberto
dc.subjectCarolina Maria de Jesus
dc.subjectBitita
dc.subjectInfância
dc.subjectEscrevivência
dc.subjectMemória
dc.titleExpressão de infância negada na obra de Carolina Maria de Jesus (191?-1977)
dc.typeTesis


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