Solo e bioturbação como ferramentas de avaliação da degradação em pastagem

Abstract

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Um solo degradado sofre perda total ou parcial da sua capacidade de sustentação, comprometendo o crescimento de plantas e outros organismos. Macro e microrganismos sendo dependentes diretos das condições físicas e químicas do solo podem ter suas comunidade drasticamente alteradas. Essa queda na comunidade pode resultar na perda de nutrientes. Ou seja, o processo de detrição feito por macrorganismos diminui e em consequência a mineralização, feito pelos microrganismos, também diminui, acarretando numa menor absorção de nutrientes pelas plantas. Sendo o solo composto por domínios funcionais, alguns organismos se enquadram nesses domínios como engenheiros modificando o meio e alterando a disponibilidade de recursos para outras espécies. As minhocas, por exemplo, constroem galerias através de seu movimento translocando os microrganismos, aumentando o espaço para escoamento da água etc. Já os cupins, quando presentes, constroem murundus que resultam em ilhas ecológicas que, crescendo gradualmente de tamanho, podem ser considerados pontos chave para o início de um processo de restauração. Um ambiente degradado deixa de abrigar essa fauna, tornando o solo pobre tanto em nutrientes quanto em biodiversidade. O presente estudo visa entender o grau de degradação do solo no assentamento PDS Santa Helena, localizado no município de São Carlos/SP, através de dados químicos e análise da bioturbação, propondo um meio de recuperação da biodiversidade perdida. Sendo assim, amostras de solo foram coletadas em cinco pontos e em cada ponto o solo foi coletado em duas profundidades (0-30cm e 30-60cm), posteriormente, as amostradas foram analisadas em laboratório; também foram feitas fotomicrografias para o estudo da bioturbação. Os pontos tratados apresentaram um solo quimicamente mais fértil em relação ao ponto controle devido a possível introdução de insumos nesses locais, porém o controle apresentou indícios de...