dc.contributorBarros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2020-04-30T14:00:24Z
dc.date.accessioned2022-12-19T19:31:16Z
dc.date.available2020-04-30T14:00:24Z
dc.date.available2022-12-19T19:31:16Z
dc.date.created2020-04-30T14:00:24Z
dc.date.issued2020-02-27
dc.identifierhttp://hdl.handle.net/11449/192406
dc.identifier000930302
dc.identifier33004064076P6
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5373452
dc.description.abstractSegundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor crônica pós-operatória (DCP) é aquela presente por mais de três meses após a realização de um procedimento cirúrgico. As cirurgias ortopédicas para o tratamento de doenças degenerativas relacionadas ao avanço da idade têm crescido nas últimas décadas, expondo esses indivíduos ao risco de desenvolver a DCP. O objetivo desse estudo foi avaliar a incidência de DCP em pacientes submetidos as cirurgias ortopédicas como a artroplastia total de joelho e quadril, fixação de fratura de fêmur e cirurgias na coluna vertebral. Os fatores de associação para o aparecimento da DCP, assim como sua ocorrência foram estudados. Foram aplicados questionários validados disponíveis na literatura, assim como protocolo de pesquisa desenvolvido pelos pesquisadores. Buscou-se contemplar questões sobre a presença, localização, tipo e intensidade da dor, presença de dor neuropática, identificação de labilidade emocional e catastrofização da dor, uso de medicação para o controle da dor, dentre outros. As entrevistas dos participantes ocorreram em duas etapas, no pré-operatório e pós-operatório, esse último com o seguinte cronograma: 30 dias, três, seis e doze meses após a realização da cirurgia. Os pacientes incluídos no decorrer da pesquisa foram acompanhados durante um ano após a realização da cirurgia, sendo assim, o estudo levou dois anos para ser concluído. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Após convite e análise de critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos 278 pacientes (62% do sexo feminino), sendo 187 com indicação cirúrgica para a fixação de fratura de fêmur, 50 na coluna vertebral, 29 para artroplastia de quadril e 12 para artroplastia total de joelho. Desses, 29% tinham entre 45 e 65 anos de idade e 71% estavam acima de 65 anos. Na entrevista do pré-operatório, não foram evidenciadas influências de labilidade emocional (ansiedade e depressão) ou catastrofização da dor. Quanto ao uso de analgésicos, 84,2% faziam uso no momento (62,2% opioides). Ainda no período de internação hospitalar, 16 participantes com proposta cirúrgica para FF faleceram antes do procedimento cirúrgico (causas não estudadas nesse trabalho). Na segunda fase do estudo, após a alta hospitalar, excluindo os participantes que faleceram (n=57) e os não encontrados (n=3) no período, 58,7% (n= 128) apresentaram DCP, sendo as mulheres, os participantes com idade inferior a 65 anos e os submetidos à cirurgia de coluna vertebral (72,7%), os mais acometidos. Quanto ao uso de medicamentos para o controle da dor, 54% do grupo dor DCP relataram fazer uso no momento da entrevista. Para 15,6% desses participantes, a dor era intensa, 42,2% moderada e 42,2% leve. Após um ano da realização da cirurgia, foram entrevistados 184 participantes e, desses, 37% descreveram a persistência da dor crônica pós-operatória. Na análise de regressão logística, a probabilidade de desenvolvimento da DCP foi 2,24 vezes maior para o sexo feminino. Concluiu-se que as cirurgias da coluna vertebral, embora menos invasivas que as demais, apresentaram maiores escores de intensidade da dor e maior incidência da dor crônica pós-operatória. A presença prévia e a intensidade da dor, o uso de analgésicos opioides, idade inferior a 65 anos são variáveis associadas ao aparecimento da doença. Na análise de regressão logística, do presente estudo, os indivíduos do sexo feminino apresentaram risco 2,24 vezes maior de desenvolvimento de dor crônica pós-operatória.
dc.description.abstractAccording to the International Association for the Study of Pain (IASP), chronic postoperative pain (DCP) is that present for more than three months after the performance of a surgical procedure. Orthopedic surgeries for the treatment of degenerative diseases related to advancing age have grown in recent decades, exposing these individuals to the risk of developing PCD. The aim of this study was to evaluate the incidence of PCD in patients undergoing orthopedic surgeries such as total knee and hip arthroplasty, fixation of the femur fracture and surgeries in the spine. The association factors for the onset of DCP, as well as its occurrence, have been studied. Methods: Validated questionnaires available in the literature were applied, as well as a research protocol developed by the researchers. We sought to contemplate questions about the presence, location, type and intensity of pain, presence of neuropathic pain, identification of emotional lability and pain catastrophization, use of medication for pain control, among others. The participants' interviews took place in two stages, in the preoperative and postoperative periods, the latter with the following schedule: 30 days, three, six and twelve months after the surgery. The patients included in the research were followed up for one year after the surgery, so the study took two years to complete. This research was approved by the institution's Research Ethics Committee. Results: After invitation, analysis of inclusion and exclusion criteria, 278 patients were included (62% female), 187 of whom had surgical indication for fixation of femur fracture, 50 in the spine, 29 for hip arthroplasty and 12 for total knee arthroplasty. Of these, 29% were between 45 and 65 years old and 71% were over 65 years old. In the preoperative interview, there were no evidences of emotional lability (anxiety and depression) or catastrophizing pain. As for the use of analgesics, 84.2% were currently using it (62.2% opioids). Still in the hospitalization period, 16 participants with a surgical proposal for FF died before the surgical procedure (causes not studied in this study). In the second phase of the study, after hospital discharge, excluding participants who died (n = 57) and those not found (n = 3) in the period, 58.7% (n = 128) presented PCD, with women, participants under the age of 65 and those undergoing spine surgery (72.7%), the most affected. As for the use of medications for pain control, 54% of the PDD pain group reported using it at the time of the interview. For 15.6% of these participants, the pain was severe, 42.2% moderate and 42.2% mild. One year after the surgery, 184 participants were interviewed and, of these, 37% described the persistence of chronic postoperative pain. In the logistic regression analysis, the probability of developing PCD was 2.24 times higher for females. Conclusions: Spine surgeries, although less invasive than the others, had higher pain intensity scores and a higher incidence of postoperative chronic pain. The previous presence and intensity of pain, the use of opioid analgesics, age under 65 years are variables associated with the onset of the disease. In the logistic regression analysis of the present study, female individuals were 2.24 times more at risk of developing postoperative chronic pain.
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rightsAcesso aberto
dc.subjectDor pós-operatória
dc.subjectDor crônica
dc.subjectQuadril
dc.subjectJoelho
dc.subjectColuna vertebral
dc.subjectPostoperative pain
dc.subjectChronic pain
dc.subjectHip
dc.subjectKnee
dc.subjectSpine
dc.titleAvaliação da incidência da dor crônica pós-operatória em pacientes submetidos a cirurgias para o tratamento de doenças musculoesqueléticas
dc.typeTesis


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