Conejillos de indias: la invención de animales y de humanos de laboratorio;
Dispositivo cobaia: a criação dos animais e dos humanos de laboratório

dc.creatorEsturião, Higor
dc.creatorFischer, Marta Luciane
dc.date2021-12-31
dc.date.accessioned2022-12-15T18:26:32Z
dc.date.available2022-12-15T18:26:32Z
dc.identifierhttps://revistas.unimilitar.edu.co/index.php/rlbi/article/view/5349
dc.identifier10.18359/rlbi.5349
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5357234
dc.descriptionPower relations between humans and animals in scientific experimentation have been investigated to test the hypothesis that certain concepts, such as discipline, biopolitics, and device, may help think about the reality of animals and humans in the laboratory context. It starts from the premise that powers are subtle rather than explicitly violent. First, we validated the hypothesis through an online focus group analysis of the discourse of lecturers, graduates, and bioethicists. Second, we noted the importance of affections, the notion of responsibility, and care. There is a human-animal relationship characterized by ambivalence: instrumental knowledge and practices, on the one hand, care, affection, and emotions, on the other. Therefore, animals have a double ontology since they are objects (they must be studied) and subjects (they must be respected). From this ambivalence, we discuss the guinea pig device, a set of discourses and practices that involve instrumentality and affectivity and transform animals into guinea pigs through its techniques. It is argued that this ambivalence, as vital as it is to keep the animal in the subaltern place of the guinea pig, also has the potential to create other forms of relationship, other forms of experimenting that escape the device, that is, the logic of sacrifice to produce docile and killable lives.en-US
dc.descriptionSe han investigado las relaciones de poder entre humanos y animales en el experimento científico para probar la hipótesis de que ciertos conceptos, como disciplina, biopolítica y dispositivo, pueden ser útiles para pensar la realidad de animales y humanos en el contexto del laboratorio. Se parte de la premisa de que los poderes son más sutiles que explícitamente violentos. Por un lado, se validó la hipótesis por medio del análisis de grupo focal online del discurso de docentes, posgraduados y bioteristas. Por otro, la presente investigación evidenció también la importancia de los afectos, la noción de responsabilidad y el cuidado. Se presenta, por lo tanto, una relación humano-animal constituida por la ambivalencia: saberes y prácticas instrumentales, de una parte, cuidado, afecto y emociones, de otra. Así, los animales son seres de ontología doble, pues son objetos (deben estudiarse) y sujetos (deben respetarse). Desde esta ambivalencia, se discute el dispositivo cobaya, un conjunto de discursos y prácticas que implican tanto instrumentalidad como afectividad, y que, mediante sus técnicas, transforma los animales en cobayas. Se defiende que esta ambivalencia, por más que sea importante para mantener el animal en el lugar subalterno de cobaya, también presenta un potencial de crear otros modos de relación, otros modos de experimentar que se escapan del dispositivo, es decir, que escapan de la lógica del sacrificio de producir vidas dóciles y matables.es-ES
dc.descriptioninvestigaram-se as relações de poder entre humanos e animais na experimentação científica testando a hipótese de que certos conceitos, como disciplina, biopolítica e dispositivo, podem ser úteis para pensar a realidade de animais e humanos no contexto do laboratório. Partiu-se da premissa de que os poderes são mais sutis do que explicitamente violentos. Por um lado, validou-se a hipótese por meio da análise de grupo focal online da fala de docentes, pós-graduandos e bioteristas. Por outro, a presente pesquisa evidenciou também a importância dos afetos, da noção de responsabilidade e do cuidado. Delineia-se, portanto, uma relação humano-animal constituída pela ambivalência: saberes e práticas instrumentais, de um lado, cuidado, afeto e emoções, de outro. Assim, os animais são seres de ontologia dupla, pois são objetos (devem ser estudados) e sujeitos (devem ser respeitados). A partir dessa ambivalência, discute-se o dispositivo cobaia, um conjunto de discursos e práticas que envolvem tanto instrumentalidade quanto afetividade, e que, através de suas técnicas, transforma os animais em “cobaias”. Defende-se que essa ambivalência, por mais que seja importante para manter o animal no lugar subalterno de cobaia, também apresenta um potencial de criar outros modos de relação, outros modos de experimentar que fogem do dispositivo, isto é, que fogem da lógica sacrificial de produzir vidas dóceis e matáveis.pt-BR
dc.formatapplication/pdf
dc.formattext/xml
dc.languagepor
dc.languagespa
dc.publisherUniversidad Militar Nueva Granadaes-ES
dc.relationhttps://revistas.unimilitar.edu.co/index.php/rlbi/article/view/5349/4977
dc.relationhttps://revistas.unimilitar.edu.co/index.php/rlbi/article/view/5349/5045
dc.relation/*ref*/Porto D, Garrafa V, Martins GZ, Barbosa SN, eds. Bioéticas, poderes e injustiças: 10 anos depois. Brasília: Conselho Federal de Medicina, Cátedra Unesco de Bioética e Sociedade Brasileira de Bioética; 2012. 2. Nascimento WF, Garrafa V. Por uma vida não colonizada: diálogo entre bioética de intervenção e colonialidade. Saúde e Soc. 2011;20(2):287-99. https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000200003 3. Singer P. Libertação animal. Tradução: Marly Winckler e Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes; 2010. 4. Regan T. Jaulas vazias: encarando o desafio dos direitos animais. Tradução Regina Rheda. Porto Alegre: Lugano; 2006. 5. Francione GF. Animals as persons: Essays on the abolition of animal exploitation. Columbia University Press; 2008. 6. Fischer ML, Meireles JL, Esturião HF (2019). A proteção dos animais no Brasil e em Portugal, sob uma perspectiva da Bioética. RJLB. 2019;5(1):1581-614. Disponível em: http://www.cidp.pt/revistas/rjlb/2019/1/2019_01_1581_1614.pdf 7. DeMello M. Animals and society: An introduction to human-animal studies. New York: Columbia University Press; 2012. 8. Souza IMA. Afeto entre humanos e animais não humanos no biotério. Rev. Bras. de Cienc. 2017; 32(94):1-21. DOI: https://doi.org/10.17666/329407/2017 9. Souza IMA. Corpos comensuráveis: produção de modelos animais nas ciências biomédicas. Horiz. antropol.. 2017;23(48):275-302. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/VPXzTwpTvyRVczGGWtjzzJc/?format=pdf&lang=pt. https://doi.org/10.1590/s0104-71832017000200012 10. Sordi C. Pelo boi e sua carcaça: breves apontamentos sobre a disseminação do manejo racional e do bem-estar animal na pecuária bovina do Brasil. Em: Bevilaqua CB, Vander Velden FV, eds. Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. Curitiba e São Carlos: Editora UFPR e Editora UFSCar; 2016. pp. 121-139. 11. Segata J. O mosquito da indiferença. Est feministas. 2017;25(2):975-8. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p975 12. Segata J. O Aedes aegypti e o digital. Horiz. antropol. 2017; 23(48):19-48. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832017000200002 13. Leal N. Dos manuais que fazem raça: técnicas e enunciados sobre purezas zootécnicas. R@U. 2018;10(1):25-52. DOI: https://doi.org/10.52426/rau.v10i1.226 14. Osório A. Conversações e predisposições à proteção de animais de rua: vocações, sensibilidades e moralidades. Horiz. antropol. 2017;23(48):253-74. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-71832017000200011 15. Osório A. Dádiva e antiprofissionalização na proteção a animais de rua. Ambivalências. 2018;5(10):105-37. DOI: https://doi.org/10.21665/2318-3888.v5n10p105-137 16. Osório A. Ecofeminismo, teorias do care e as críticas a protetoras de animais de rua. Estud Feministas. 2018;26(3):1-20. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n357762 17. Bevilaqua CB. Sandra, Cecília e a emergência de novas formas de existência jurídica. Mana. 2019;25(1):38-71. https://doi.org/10.1590/1678-49442019v25n1p038 18. Bevilaqua CB, Vander Velden FV, orgs. Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. Curitiba e São Carlos: Editora UFPR e Editora UFSCar; 2016. 19. Ingold T. Humanidade e animalidade. Rev. Bras. Ci. Soc. 1995; (28):39-53. http://www.biolinguagem.com/inuma/INGOLD%201994%20humanidade%20e%20animalidade.pdf 20. Descola P. Além de natureza e cultura. Tessituras. 2015;3(1):7-33. Disponível em: Disponível em: http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/tessituras/article/download/5620/4120 21. Descola P. Outras naturezas, outras culturas. Rio de Janeiro: Editora 34; 2016. 22. Cole M. From “animal machines” to “happy meat”? Foucault’s ideas of disciplinary and pastoral power applied to ‘animal-centred’ welfare discourse. Animals. 2011;1:83-101. DOI: https://doi.org/10.3390/ani1010083 23. Holloway L. Bear C, Wilkinson K. Re-capturing bovine life: Robot-cow relationships, freedom and control in dairy farming. J Rural Stud.2014;33:131-40. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jrurstud.2013.01.006 24. Novek J. Pigs and people: Sociological perspectives on the discipline of nonhuman animals in intensive confinement. Soc. Anim. 2005;13(3):221-44. Disponível em: https://brill.com/view/journals/soan/13/3/article-p221_3.xml 25. Palmer C. “Taming the wild profusion of existing things?” A study of Foucault, power, and human/animal relationships. Environ.. 2001;23:339-58. Disponível em: https://www.pdcnet.org/enviroethics/content/enviroethics_2001_0023_0004_0339_0358 doi: https://doi.org/10.5840/enviroethics20012342 26. Costa LFG, Castro O. “Rango é rango”: o animal subtraído no dispositivo cardápio. Rev Diversitas. 2016;4(5):71-97. Disponível em: https://diversitas.fflch.usp.br/sites/diversitas.fflch.usp.br/files/inline-files/revista_diversitas_5_1.pdf#page=38 27. Schvingel C, Giongo IM, Munhoz AV. Grupo focal: uma técnica de investigação qualitativa. Debate Edu. 2017;9(19):91-106. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2017v9n19p91 28. Abreu NR, Baldanza RF, Gondim SMG. Os grupos focais online: das reflexões conceituais à aplicação em ambiente virtual. RG&T. 2009;6(1):5-23. DOI: https://doi.org/10.4301/S1807-17752009000100001 29. Bardin L. Análise de conteúdo. Tradução, Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70; 2011. 30. Foucault M. Microfísica do poder. Tradução, Roberto Machado. Rio de Janeiro e São Paulo: Paz & Terra; 2017. 31. Foucault M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Rio de Janeiro: Vozes; 2014. 32. Latour B. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora Unesp; 2012. 33. Russell WM, Burch RL. The principles of humane experimental technique. Methuen; 1959. Disponível em: http://117.239.25.194:7000/jspui/bitstream/123456789/1342/1/PRILIMINERY%20%20AND%20%20CONTENTS.pdf 34. Campos AS, Diaz BL, Rivera EAB, Granjero JM, Braga LMGM, Frajblat M et al. Guia brasileiro de produção, manutenção ou utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica: introdução geral. Brasília-DF: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; 2016. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14259 35. Clause BT. The wistar rat as a right choice: establishing mammalian standards and the ideal of a standardized mammal. J. Hist. Biol. 1993; 26(2):329-49. DOI: https://doi.org/10.1007/BF01061973 36. Rader KA. Of mice, medicine, and genetics: C. C. Little’s creation of the Inbred Laboratory Mouse, 1909-1918. Stud Hist Philos Biol Biomed Sci. 1999;30(3):319-43. DOI: https://doi.org/10.1016/s1369-8486(99)00015-1 37. Kirk RGW. The birth of the laboratory animal: Biopolitics, animal experimentation, and animal wellbeing. Em: Chrulew M, Wadiwel DJ, eds. Foucault and animals. Boston: Leiden; 2017. pp. 193-221. 38. Agamben G. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo; 2004. 39. Agamben G. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burig. Belo Horizonte: Editora UFMG; 2007. 40. Wadiwel DJ. Cows and sovereignty: Biopower and animal life. Borderlands e-jounal. 2002;1(2). Disponível em: http://www.borderlands.net.au/vol1no2_2002/wadiwel_cows.html 41. Thomas K. O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais, 1500-1800. Tradução João Roberto Martins Filho. São Paulo: Companhia de Bolso; 2010. 42. Süssekind F. Sobre a vida multiespécie. RIEB. 2018;(69):159-78. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p159-178 43. Agamben G. O aberto: o homem e o animal. Tradução Pedro Mendes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 2017. 44. King MR. Killing and feeling bad: Animal experimentation and moral stress. Anim. Res. 2016;5(2):119-33. Disponível em: https://ro.uow.edu.au/asj/vol5/iss2/6/ 45. Sá GJS, Salles MFM, Schirmann JS. Experiência e descarte: dores humanas e não humanas em um laboratório de neurotoxicidade e psicofarmacologia. Soc. e Cult. 2011;14(2):427-34. DOI: https://doi.org/10.5216/sec.v14i2.17617 46. Arluke AB. Sacrificial symbolism in animal experimentation: Object or pet? Anthrozoös. 1988;2(2):98:117. DOI: https://doi.org/10.2752/089279389787058091 47. Haraway D. A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. Horiz. antropol.. 2011;17(35):27-64. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832011000100002 48. Lynch M. Sacrifice and the transformation of the animal body into a scientific object: Laboratory culture and ritual practice in the neurosciences. Soc. Stud. Sci.1988;18(2):265-89. DOI: https://doi.org/10.1177/030631288018002004 49. Latour B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia comparada. Tradução Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34; 2013. 50. Paixão RL. Os desafios das comissões de ética no uso de animais. CiêncVet Trópicos. 2008;11(suppl 1):84-7. Disponível: http://www.rcvt.org.br/suplemento11/84-87.pdf 51. LaFollette MR, Riley MC, Cloutier S, Brady CM, O’Haire ME, Gaskill BN. Laboratory animal welfare meets human welfare: A cross-sectional study of professional quality of life, including compassion fatigue in laboratory animal personnel. Front. vet. sci. 2020;7:114. DOI: https://doi.org/10.3389/fvets.2020.00114 52. Williams A. Disciplining animals: sentience, production, and critique. Int. J. Sociol. Soc. Policy. 2004;24(9):45-57. DOI: https://doi.org/10.1108/01443330410790768
dc.rightsDerechos de autor 2022 Revista Latinoamericana de Bioéticaes-ES
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0es-ES
dc.sourceRevista Latinoamericana de Bioética; Vol. 21 Núm. 2 (2021); 107-126es-ES
dc.source2462-859X
dc.source1657-4702
dc.subjectAnimal experimenten-US
dc.subjectanimal welfareen-US
dc.subjectanimal studiesen-US
dc.subjectbiopoliticsen-US
dc.subjectexperimento animales-ES
dc.subjectbienestar animales-ES
dc.subjectestudios animaleses-ES
dc.subjectbiopolíticaes-ES
dc.subjectexperimentação animalpt-BR
dc.subjectbem-estar animalpt-BR
dc.subjectestudos animaispt-BR
dc.subjectbiopolíticapt-BR
dc.titleGuinea Pigs: Creating Laboratory Animals and Humansen-US
dc.titleConejillos de indias: la invención de animales y de humanos de laboratorioes-ES
dc.titleDispositivo cobaia: a criação dos animais e dos humanos de laboratóriopt-BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/article
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion


Este ítem pertenece a la siguiente institución