dc.contributorNunes, Carlos Henrique Sancineto da Silva
dc.contributorPrimi, Ricardo
dc.creatorTeixeira, Karen Cristine
dc.date.accessioned2021-08-23T13:59:07Z
dc.date.accessioned2022-12-13T19:14:06Z
dc.date.available2021-08-23T13:59:07Z
dc.date.available2022-12-13T19:14:06Z
dc.date.created2021-08-23T13:59:07Z
dc.date.issued2020
dc.identifier372427
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226750
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5340803
dc.description.abstractA ansiedade é conceituada como um estado psicológico desagradável em reação às ameaças percebidas relativas ao desempenho de uma tarefa sob pressão. É vista como uma estratégia evolutiva, um mecanismo de defesa adaptativo e funcional que emite sinais de advertência que preparam o atleta para responder de modo eficaz à situação. Com base nas evidências que sustentam a relação entre as variações do construto e dos indicadores comportamentais é possível gerar escores que traduzam de forma adequada a magnitude do traço latente exibida por um indivíduo. Entretanto, a importância da avaliação da ansiedade está muito além dos escores per se, mas relaciona-se à atribuição de significado a esses escores. Nesse sentido, o objetivo da presente tese foi propor um sistema interpretativo para os escores da ETApE (Escala Tridimensional de Ansiedade para o Esporte). Fizeram parte da amostra 369 atletas de diversas modalidades, sendo 71% do sexo masculino, com média de idade igual a 25 anos e desvio padrão igual a 9 anos. Os participantes tiveram que se enquadrar nos critérios de inclusão: apresentar como escolaridade mínima o 8º ano do ensino fundamental completo, ter idade igual ou superior a 18 anos, realizar treinamento esportivo com o objetivo de melhorar seu desempenho ou resultado, participar de competições esportivas, apresentar registro formal na federação de sua modalidade como atleta e ter o treino e as competições como sua principal atividade ou foco de interesse. Foram utilizados, além da ETApE, o CSAI-2R e um questionário sociodemográfico e de perfil. Num primeiro momento, foi executado o aperfeiçoamento do instrumento e busca de evidências baseadas no conteúdo. Posteriormente à construção de novos itens, à análise de juízes e semântica, que resultaram em evidências adequadas de validade, o instrumento ficou composto por 71 itens para avaliação das dimensões fisiológica, cognitiva e controle percebido. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória com método de máxima verossimilhança com emprego de técnicas de boostraping e análise dos parâmetros dos itens com auxílio da TRI. Dezesseis itens apresentaram carga fatorial abaixo de 0,50 e foram excluídos do conjunto inicial. Três itens apresentaram índices de modificação que não puderam ser corrigidos e foram excluídos. Na análise das propriedades dos itens a partir do modelo de créditos parciais, realizada separadamente para cada dimensão, foi encontrado apenas um item da dimensão cognitiva com indicador de ajustamento fora dos critérios estabelecidos. Em relação ao funcionamento da escala, seis itens foram excluídos por apresentarem algum tipo de inversão da progressão de magnitude do theta em função das categorias de resposta e dois por ferirem ao princípio de unidimensionalidade. O modelo resultante das análises anteriores exibiu um ajustamento satisfatório [?2/gl= 1,729; SRMR= 0.054; RMSEA= 0.045, CFI= 0.915; PCFI= 0.853; IFI= 0.916]. Os coeficientes de confiabilidade composta mostraram-se adequados, com valor igual a 0,88 para Ansiedade fisiológica, 0,93 para Ansiedade Cognitiva e 0,90 para Controle percebido. Não foi encontrado DIF significativo para os itens do instrumento em função do sexo. A análise da função diferencial do teste para as três dimensões indica que o DIF dos itens, mesmo ocorrendo, acaba por se anular, pois as diferenças se balanceiam entre os grupos. Após as análises de DIF e DTF o theta dos participantes calculado pela TRI para cada uma das dimensões foi correlacionado com o escore simples para cada uma das dimensões do CSAI-2R. Foram encontradas correlações fortes e significativas entre as dimensões correspondentes entre os dois instrumentos, com exceção à dimensão fisiológica. Este resultado moderado, mas próximo da linha de corte superior do critério adotado, pode se dever à diferença da variação da dificuldade dos itens entre as escalas (levando em consideração que a escala do CSAI-2R apresenta apenas sete itens), o que configuraria uma correlação entre níveis do traço latente que não são exatamente equivalentes e atuando como construtos relacionados. Após a calibração do instrumento, foram gerados indicadores de separação, strata e mapas de construto para os dois fatores de ansiedade em conjunto e para controle percebido. Foi verificado se havia diferenças no padrão de respostas no continuum do traço latente, de modo a permitir a categorização em grupos com diferentes magnitudes de manifestação do construto. Foram verificados os agrupamentos com base no conteúdo dos itens, dificuldade e na literatura internacional sobre o construto. A partir dos dados quantitativos, da análise dos mapas de construto e strata, foi realizada uma análise qualitativa relacionando o conteúdo dos itens à magnitude do traço latente de modo a possibilitar a interpretação dos escores do instrumento em função de theta. Para os fatores de ansiedade o indicador de separação para as pessoas foi G = 3,29, culminando num strata de H = 4,72. Com base nos indicadores e na interpretabilidade dos dados, foram gerados três pontos de corte que seccionaram o continuum em quatro grupos com diferentes magnitudes de manifestação de ansiedade fisiológica e cognitiva: ansiedade baixa (inferior a -1,86), ansiedade moderada (-1,85 a -0,84), ansiedade moderada-alta (-0,83 a 0,40) e ansiedade alta (superior a 0,41). Para a dimensão de controle percebido o índice de separação foi igual a G = 2,63 e o strata H = 3,84. Foram estabelecidas duas linhas de corte formando três grupos com diferentes magnitudes de controle percebido. O primeiro grupo, formado por atletas com theta inferior a -1,22, representa o nível baixo de percepção de controle. O grupo com percepção de controle moderada possui theta entre -1,21 e 1,21, aproximadamente, e o grupo com alta percepção de controle apresentou theta superior a 1,22. A partir da análise da dificuldade dos itens, indicadores de separação, strata e das respostas aos itens, foram apresentadas propostas de linhas de corte que agruparam, dentro do continuum do construto, indivíduos com padrões similares de endosso aos itens. Sua principal contribuição se verifica na proposta de estabelecimento de normas para a ETApE com interpretabilidade psicológica para os escores da medida. O sistema apresenta grande aplicabilidade prática, dado que é possível identificar os comportamentos e sintomas exibidos por atletas com diferentes níveis de theta, o que é de grande valia para os profissionais das ciências do desporto.
dc.description.abstractAbstract: Anxiety is conceptualized as an unpleasant psychological state in reaction to perceived threats related to the performance of a task under pressure. It is seen as an evolutionary strategy, an adaptive and functional defense mechanism that sends warning signals that prepare the athlete to respond effectively to the situation. Based on the evidence supporting the relationship between variations in the construct and behavioral indicators, it is possible to generate scores that adequately reflect the magnitude of the latent trait exhibited by an individual. However, the importance of assessing anxiety is far beyond the scores per se, but it is related to the attribution of meaning to these scores. In this sense, the objective of the present thesis was to propose an interpretative system for the ETApE (Three-dimensional Anxiety for Sport Scale) scores. The sample included 369 athletes from different sports, 71% male, with an average age of 25 years and standard deviation of 9 years. Participants had to fit the inclusion criteria: present as minimum schooling the 8th year of complete elementary school, be 18 years of age or older, perform sports training in order to improve their performance or result, participate in sports competitions, present a formal registration with the federation of your sport as an athlete and have training and competitions as your main activity or focus of interest. In addition to ETApE, the CSAI-2R and a sociodemographic and profile questionnaire were used. At first, the instrument was improved and evidence based on the content was searched. After the creation of new items, judges and semantic analysis, which resulted in adequate evidence of validity, the instrument was composed of 71 items for the assessment of the physiological, cognitive and perceived control dimensions. A confirmatory factor analysis using maximum likelihood method and boostraping techniques, and analysis of the item parameters with the help of IRT were performed. Sixteen items had loadings below 0.50 and were excluded from the initial set. Three items showed modification indices that could not be corrected and were excluded. In the analysis of the properties of the items from the partial credits model, performed separately for each dimension, only one item of the cognitive dimension with an adjustment indicator outside the established criteria was found. Regarding the functioning of the scale, six items were excluded because they presented some kind of inversion of theta magnitude progression according to the response categories and two because they violated the principle of unidimensionality. The model resulting from previous analyzes showed a satisfactory fit [?2 / gl = 1.729; SRMR = 0.054; RMSEA = 0.045, CFI = 0.915; PCFI = 0.853; IFI = 0.916]. The composite reliability coefficients proved to be adequate, with a value equal to 0.88 for physiological anxiety, 0.93 for cognitive anxiety and 0.90 for perceived control. No significant DIF was found for the instrument items due to gender. The analysis of the differential function of the test for the three dimensions indicates that the DIF of the items, even if they occur, ends up being canceled, as the differences are balanced between the groups. After the DIF and DTF analyzes, the theta of the participants for each of the dimensions was correlated with the simple score for each of the dimensions of the CSAI-2R. Strong and significant correlations were found between the corresponding dimensions between the two instruments, except for the physiological dimension. This moderate result, but close to the upper cut line of the adopted criterion, may be due to the difference in the difficulty variation of the items between the scales (taking into account that the CSAI-2R scale has only seven items), which would configure a correlation between levels of the latent trait that are not exactly equivalent and acting as related constructs. After calibrating the instrument, separation indicators, strata and construct maps were generated for the two anxiety factors together and for perceived control. It was verified if there were differences in the response pattern in the latent trait continuum, in order to allow categorization in groups with different magnitudes of manifestation of the construct. The groupings were checked based on the item content, difficulty and the international literature on the construct. From the quantitative data, analysis of the construct maps and strata, a qualitative analysis was carried out relating the content of the items to the magnitude of the latent trait in order to enable the interpretation of the instrument's scores according to theta. For anxiety factors, the separation indicator for people was G = 3.29, culminating in a strata of H = 4.72. Based on the indicators and the interpretability of the data, three cut-off points were generated that divided the continuum into four groups with different magnitudes of manifestation of physiological and cognitive anxiety: low anxiety (less than -1.86), moderate anxiety (-1.85 to -0.84), moderate-high anxiety (-0.83 to 0.40) and high anxiety (greater than 0.41). For the perceived control dimension, the separation index was equal to G = 2.63 and strata H = 3.84. Two cut lines were established forming three groups with different magnitudes of perceived control. The first group, formed by athletes with a theta lower than -1.22, represents the low level of perceived control. The group with moderate perception of control had a theta between -1.21 and 1.21, approximately, and the group with high perception of control had a theta greater than 1.22. From the analysis of the difficulty of the items, indicators of separation, strata and responses to the items, proposals for cut lines were presented that grouped, within the continuum of the construct, individuals with similar patterns of endorsement of the items. Its main contribution is verified in the proposal to establish standards for ETApE with psychological interpretability for the measurement scores. The system has great practical applicability, since it is possible to identify the behaviors and symptoms exhibited by athletes with different levels of theta, which is of great value for professionals in the sports sciences.
dc.languagepor
dc.titleSistema interpretativo para a escala tridimensional de ansiedade para o esporte
dc.typeTese (Doutorado)


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