dc.description.abstract | O comportamento sedentário está associado a doenças cardiovasculares, perda da autonomia e
independência funcional, pior qualidade de vida e aumento da mortalidade. Evidências
preliminares suportam que o comportamento sedentário esteja associado ao declínio
cognitivo, contudo a magnitude e a direção dessas associações não estão completamente
esclarecidas. O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre o comportamento
sedentário e declínio cognitivo em idosos comunitários. Tratou-se de um estudo transversal,
com amostra probabilística e de base domiciliar em idosos cadastrados na Atenção Básica do
município Balneário Arroio do Silva-SC. O comportamento sedentário foi avaliado pela
questão “tempo gasto sentado” do International Physical Activity Questionnaire(IPAQ) e
categorizado em: 0 a 3 horas; 4 a 7 horas; 8 a 10 horas; e 11 ou mais horas/semanais por dia,
adotado de acordo com Smith et al. (2020). O declínio cognitivo foi avaliado pelo Mini
Exame do Estado Mental (MEEM), considerando os pontos de cortes recomendados por
Brucki et al. (2003). Foram realizadas análises de Regressão Logística Multivariada. A
prevalência de declínio cognitivo foi 57,7% (IC95% 51,6; 63,6), com predomínio em
mulheres, com maior faixa etária, comportamentos de saúde e estilo de vida piores. Os idosos
que permaneciam 11 ou mais horas sentados tiveram cinco vezes mais chances em ter
declínio cognitivo (OR: 5,03; IC95%:1,07; 23,61) quando comparados àqueles que
permaneciam por até 3 horas sentados. Concluiu-se que houve associação positiva entre maior
comportamento sedentário e declínio cognitivo nos idosos avaliados. | |