dc.description.abstract | O uso dos dejetos suínos na agricultura é uma alternativa ao descarte inadequado desses materiais no solo. Além de reduzir o uso de fertilizantes minerais, reduz os impactos ambientais, contribuindo para a ciclagem de nutrientes e o incremento do rendimento das culturas agrícolas. Em Santa Catarina, a disposição dos dejetos no solo é definida em função da análise de solo, necessidade nutricional da cultura, concentração de nutrientes dos dejetos e índice de eficiência agronômica dos nutrientes. Assim, a dose da fonte orgânica é definida para suprir o nutriente que primeiro atender a recomendação para a cultura, e os demais são suplementados via adubação mineral. Com isso busca-se reduzir os impactos do acúmulo de P, Cu e Zn no solo, além de reduzir as perdas de N para o ambiente. Entretanto, não se sabe o impacto dessa estratégia nos atributos microbiológicos do solo. O presente estudo objetivou avaliar o efeito da adição de dejeto líquido de suíno (DL) e composto de dejeto suíno (CS), ambos associados à adubação mineral (DLlim e CSlim) no C e N da biomassa microbiana do solo (C-BMS e N-BMS), na respiração basal do solo (por meio de fluxos de CO2) e no rendimento das culturas. As análises foram efetuadas com amostras coletadas em experimento instalado em 2013, no município de Braço do Norte, SC. Para determinar o C-BMS e N-BMS foram coletadas amostras de solo na camada de 0-10 cm. A quantificação da respiração basal do solo foi realizada in situ, com o auxílio de câmaras estáticas. A área experimental recebeu adubações de DLlim e CSlim, além de uma área testemunha sem aplicação. A adição dos adubos orgânicos estimulou o incremento do C-BMS e N-BMS. O CSlim proporcionou maior rendimento de grãos do milho, entretanto maiores fluxos de CO2 ocorreram neste tratamento. Apesar do melhor desempenho agrícola do CSlim, o uso do composto deve ser associado a uma análise dos demais impactos causados pelo uso dessa estratégia de destino dos efluentes da suinocultura. | |