dc.contributorVerruck, Silvani
dc.creatorDutra, Milena de Oliveira
dc.date.accessioned2021-05-24T18:45:33Z
dc.date.accessioned2022-12-13T13:45:28Z
dc.date.available2021-05-24T18:45:33Z
dc.date.available2022-12-13T13:45:28Z
dc.date.created2021-05-24T18:45:33Z
dc.date.issued2021-05-03
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223801
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5327525
dc.description.abstractO leite materno possui propriedades fundamentais ao desenvolvimento saudável de neonatos. Contudo, o consumo alimentar e a qualidade da água ingerida pelas mães têm demonstrado ser fatores determinantes à exposição dos mesmos aos metais pesados via leite materno. A relação metal-alimento-mãe-leite deve ser melhor compreendida, e o risco à saúde dos lactentes quanto a ingestão destes metais pesados, deve ser avaliado. Portanto, o principal objetivo deste trabalho foi, através de uma revisão sistemática, avaliar as correlações encontradas entre a presença de As, Cd, Hg, Pb e/ou Sn em leite materno e o consumo alimentar de lactantes à nível global e, com os dados dos estudos que encontraram correlação, realizar uma avaliação de risco à saúde de lactentes. A estratégia de busca definida foi aplicada nas bases de dados Web of Science, Scopus, Embase, Pubmed e Medline. Os resultados obtidos foram submetidos a uma triagem e aos critérios de elegibilidade, sendo considerada a possibilidade de inclusão de estudos não pertencentes à estratégia de busca, caso relevantes. Aos estudos que encontraram ao menos uma correlação, foram calculadas as Ingestões Diárias Estimadas de metais pesados pelo lactente, visando compará-las com os limites de referência definidos por autoridades internacionais de proteção ambiental e segurança de alimentos. Foram identificados 427 resultados, sendo elegidos 11 resultados após a triagem. Outros 5 estudos de relevância para o escopo da revisão, foram incluídos, obtendo-se ao final, 16 artigos (1995-2020). Dentre estes estudos, 10 encontraram ao menos uma correlação entre a concentração de metais pesados e o consumo alimentar das lactantes. Foram encontradas correlações com os metais Hg (41%), Pb (36%), Cd (14%), e As (9%). Dentre os grupos de alimentos investigados, foi encontrada maior prevalência de correlações para alimentos de origem terrestre (47%), seguida de pescado (42%) e bebidas (11%). Dois estudos apresentaram uma ingestão de Hg por lactentes igual ou superior ao limite de referência. O mesmo ocorreu para o Cd, em um estudo. A bioacumulação de metais pesados e suas espécies em alimentos tem grande variação. Para a forma orgânica de Hg, ainda é relatada a biomagnificação ao longo da cadeia alimentar. Parte dos metais pesados ingeridos é biotransformado, geralmente à sua forma menos tóxica. As formas inorgânicas de As, Cd, Hg e Pb parecem predominar no leite materno. Contudo, alguns estudos não foram conclusivos. Também não foram encontradas informações referentes às espécies de Sn que podem ser transferidas. Portanto, a especiação de metais em leite materno deve ser mais explorada, uma vez que as diferentes espécies estão associadas à diferentes toxicidades, e estes dados ainda são escassos. Os estudos que apresentaram Ingestão Diária Estimada igual ou superior aos limites de referências, indicaram que há um potencial risco à saúde de lactentes quanto a ingestão de Cd e Hg via leite materno. A presença destes metais foi correlacionada com o consumo de pescado, batatas e grãos nas regiões estudadas (Brasil, Espanha e Croácia). O estudo das técnicas de remediação e biorremediação devem ser encorajados, e sua aplicabilidade em áreas de maior contaminação deve ser avaliada.
dc.description.abstractHuman milk has fundamental properties for the healthy development of newborns. However, mother’s food consumption and water ingestion appear to be determining factors for their exposure to heavy metals via human milk. The metal-food-mother-milk relationship should be better understood, and the health risk of infants regarding the intake of these heavy metals should be assessed. Therefore, the main objective of this work was, through a systematic review, to evaluate the correlations found between the presence of As, Cd, Hg, Pb and / or Sn in breast milk and the food consumption of lactating women at global level, and with the data from the studies that found these correlations, carry out an infant health risk assessment. The defined search strategy was applied to the Web of Science, Scopus, Embase, Pubmed and Medline databases. The results were screened, submitted to elegibility criteria, and the possibility of including other studies that did not belong to the search strategy was also considered, if relevant. For studies that presented at least one correlation, the Estimated Daily Intakes of heavy metals by infants were calculated, in order to compare them with the reference limits by international environmental protection and food safety authorities. 427 results were identified. After screening and elegibility criteria, 11 results remained. Another 5 relevant studies for the scope of the review were included, resulting in 16 articles (1995-2020). Among them, 10 presented at least one correlation between the concentration of heavy metals and food consumption of lactating women. Correlations were found with the metals Hg (41%), Pb (36%), Cd (14%), and As (9%). Among the 3 food groups investigated, a higher prevalence of correlations was found for food of terrestrial origin (47%), followed by fishery products (42%) and drinks (11%). Two studies presented an equal or higher Hg intake by infants when compared to the reference limit. The same occurred for the CD, in one study. The bioaccumulation of heavy metals and its species varies widely in food. The biomagnification of the organic form of Hg along the food chain is also reported. Part of the heavy metals ingested is biotransformed, generally to its less toxic form. The inorganic forms of As, Cd, Hg e Pb seem to predominate in breast milk. However, some studies have not been conclusive. There was also no information regarding Sn species that can be transferred. Therefore, the speciation of heavy metals in human milk should be further explored, since different species of metals are associated with different toxicities, and these data are still scarce. Studies that presented an equal or higher Estimated Daily Intake when compared to defined limits, indicated that there is a potential risk to the infant’s health regarding the intake of Cd and Hg via human milk. The presence of these metals was correlated with the consumption of fishery products, potatoes and grains in the studied regions (Brazil, Spain and Croatia). The study of remediation and bioremediation techniques needs to be encouraged, and their applicability in areas of greater contamination needs to be evaluated.
dc.languagept_BR
dc.publisherFlorianópolis, SC
dc.rightsOpen Access
dc.subjectLeite materno
dc.subjectMetais pesados
dc.subjectConsumo alimentar
dc.subjectÁgua
dc.subjectAvaliação de risco
dc.titleCorrelação entre a concentração de metais pesados (As, Cd, Hg, Pb e Sn) em leite materno e o consumo alimentar de lactantes à nível global: uma revisão sistemática e avaliação de risco à saúde de lactentes
dc.typeTCCgrad


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