Uma análise feminista do abandono afetivo no superior tribunal de justiça

dc.creatorPüschel, Flavia Portella
dc.date2020-06-05
dc.date.accessioned2022-11-04T07:29:18Z
dc.date.available2022-11-04T07:29:18Z
dc.identifierhttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/revdireitogv/article/view/81680
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5092104
dc.descriptionThis article analyzes the opinions of judges of the Brazilian Superior Court of Justice (STJ) in child neglect cases from a feminist perspective by “asking the woman question” to identify implicit male bias in legal concepts and standards that are apparently gender neutral. Several sexist arguments can be found both in opinions against awarding damages for child neglect and in opinions in favor of it. Sexist bias is shown in the disregard of legal doctrine, as well as of the ambivalent character of family relations and their hierarchical structure. This bias is further expressed in the devaluation of women’s interests and life experiences, stereotyping, problems of logical reasoning as well as in the disregard of statutory rules. The article concludes that the STJ was unable to take into account the point of view of women and the circumstances in which child neglect actually takes place in Brazilian society today. The court developed a concept of harm that, although apparently gender neutral, is based on discriminatory reasons and has greater negative impact on women than on men.en-US
dc.descriptionNeste artigo, as posições defendidas pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acerca da responsabilidade civil por abandono afetivo são analisadas de uma perspectiva feminista, com emprego de método pelo qual se tornam explícitos vieses machistas implícitos em conceitos e standards jurídicos aparentemente neutros. Encontram-se nas decisões analisadas diversos argumentos discriminatórios, tanto em votos desfavoráveis quanto em votos favoráveis à reparação por abandono afetivo. Os vieses machistas se mostram pela desconsideração da tradição jurídicodogmática e da doutrina especializada, bem como pela desconsideração do caráter ambivalente das relações familiares e suas estruturas hierárquicas, passando pela desvalorização expressa de interesses e experiências de vida femininas, pelo uso de estereótipos femininos negativos e por problemas de lógica argumentativa e interpretação sistemática do Direito, chegando até a desconsideração de norma legal expressa. Conclui-se que o STJ não foi capaz de levar em conta o ponto de vista feminino e as circunstâncias concretas em que o abandono afetivo acontece hoje no Brasil, tendo desenvolvido o conceito jurídico de dano indenizável em um sentido que, apesar de aparentemente neutro, é fundado em razões discriminatórias e atinge as mulheres de modo desproporcionalmente negativo em comparação com os homens.pt-BR
dc.formatapplication/pdf
dc.languageeng
dc.publisherEscola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargaspt-BR
dc.relationhttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/revdireitogv/article/view/81680/77903
dc.rightsCopyright (c) 2020 Revista Direito GVpt-BR
dc.sourceDIREITO GV Law Review; Vol. 16 No. 1 (2020): jan-abr. (35); e1944en-US
dc.sourceRevista Direito GV; v. 16 n. 1 (2020): jan-abr. (35); e1944pt-BR
dc.source2317-6172
dc.subjectFeminist legal theoryen-US
dc.subjectGender biasen-US
dc.subjectChild neglecten-US
dc.subjectTort lawen-US
dc.subjectPrecedents of the Brazilian Superior Court of Justice (STJ)en-US
dc.subjectAnálise feminista do direitopt-BR
dc.subjectViés de gêneropt-BR
dc.subjectAbandono afetivopt-BR
dc.subjectResponsabilidade civilpt-BR
dc.subjectJurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ)pt-BR
dc.titleA feminist analysis of child neglect cases from the Brazilian Superior Court of Justiceen-US
dc.titleUma análise feminista do abandono afetivo no superior tribunal de justiçapt-BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/article
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion


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