Humildade e a eticalidade para todos? As diferenças geracionais de percepção e efeitos da liderança ética e humilde no engajamento

Abstract

Neste estudo, buscamos examinar semelhanças e diferenças entre gerações usando características associadas a Liderança Ética e a Liderança Humilde. Essas características específicas, já utilizadas em estudos anteriores, identificam valores considerados, de maneira geral, como existentes nos bons lugares para trabalhar. Embora se suponha que todas essas características são desejáveis independentemente da idade do funcionário, propomos que o valor de cada grupo de fatores varia por geração. O presente estudo utilizou o método quantitativo e concluiu que tanto a eticalidade quanto a humildade estão positivamente relacionadas com o engajamento e apontam que há diferenças na percepção destes valores, mas não com relação ao engajamento. Dessa forma, os resultados permitiram suportar que há diferenças nos valores com relação ao trabalho e diferenças nas percepções de eticalidade e humildade, mas não apresentam diferenciação no engajamento. Assim, as gerações moderam a relação entre a eticalidade e o engajamento, mas o efeito da humildade no engajamento para as Gerações Y e Z se percebe inexistente, demonstrando a relevância da pesquisa aplicada por contestar a tendência bibliográfica na crença da preferência por uma liderança puramente transformacional, revelando a necessidade de um grau transacional, característica da liderança ética, para a obtenção de um maior engajamento.

In this study, we seek to examine similarities and differences between generations using characteristics associated with Ethical Leadership and Humble Leadership. These specific characteristics, already used in previous studies, identify values generally considered to exist in good places to work. While it is assumed that all of these characteristics are desirable regardless of the employee's age, we propose that the value of each group of factors varies by generation. The present study used the quantitative method and concluded that both ethics and humility are positively related to engagement and point out that there are differences in the perception of these values, but not in relation to engagement. In this way, the results allowed us to support that there are differences in values regarding work and differences in perceptions of ethics and humility, but there is no differentiation in engagement. Thus, generations moderate the relationship between ethics and engagement, but the effect of humility on engagement for Generations Y and Z is perceived to be non-existent, demonstrating the relevance of applied research by contesting the bibliographic trend in the belief of preference for a purely leadership transformational, revealing the need for a transactional degree, characteristic of ethical leadership, to obtain greater engagement.