dc.contributorGibaldi Vaz, Paulo Roberto
dc.creatorAraya Jiménez, Lisbeth
dc.date.accessioned2022-07-05T17:32:25Z
dc.date.accessioned2022-10-20T00:50:08Z
dc.date.available2022-07-05T17:32:25Z
dc.date.available2022-10-20T00:50:08Z
dc.date.created2022-07-05T17:32:25Z
dc.date.issued2021
dc.identifierhttp://www.pos.eco.ufrj.br/site/teses_dissertacoes_interna.php?tease=22
dc.identifierhttps://hdl.handle.net/10669/86893
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/4536170
dc.description.abstractEsta pesquisa constitui uma crítica à felicidade como compreendida e exercida no âmbito do trabalho. Objetiva-se analisar a lógica da felicidade instrumental em um grupo de organizações cooperativas dedicadas à produção, industrialização e comercialização de café na Costa Rica. Além de discernir os obstáculos que dita lógica impõe ao trabalho cooperativo. Por felicidade instrumental, entendo aquela que serve aos fins produtivistas e consumistas próprios do capitalismo em sua fase neoliberal. Chamo-a de “lógica” no sentido foucaultiano de racionalidade, tentando dar conta da multiplicidade de processos econômicos, políticos, socioculturais e subjetivos envolvidos no seu desenho, mantenimento, promoção e naturalização. Afere-se assim sua presença, intensidade e magnitude. A presença evidencia as formas particulares que a referida lógica adquire nas organizações em estudo. A intensidade indaga se sua apropriação se encontra no nível do discurso, se tem atingido as práticas corriqueiras ou se está tendo efeitos inclusive na saúde física e emocional das pessoas trabalhadoras. Por outro lado, esta pesquisa interessa-se por conhecer a magnitude referente às três dimensões em estudo, isto é, às condições preexistentes, às características da felicidade contemporânea e a seus modos de externalização. Identificando presença, apropriação e abrangência foi possível apontar as barreiras que a lógica da felicidade instrumental impõe ao trabalho cooperativo. As perguntas que instigaram esta pesquisa foram, portanto: Está presente e tem sido apropriada a lógica da felicidade instrumental nas organizações cooperativas cafeeiras? Que formas caracterizam essa presença e que consequências está tendo sua apropriação na saúde das pessoas trabalhadores e no trabalho cooperativo? A partir de uma perspectiva política que ambiciona a transformação social – seja no nível que for –, existe um interesse e uma pergunta sobre as possibilidades do campo da comunicação de contribuir com a reflexão crítica da felicidade contemporânea, da subjetividade neoliberal e das práticas organizacionais correlatas. Considera-se uma potencialidade para tal, a filosofia das organizações do terceiro setor que procuram o desenvolvimento social além do lucro. Teoricamente, esta pesquisa a partir de um olhar socioantropológico aborda a compreensão crítica da felicidade apropriada e desenvolvida no campo da comunicação. Do mesmo modo, também apropria alguns pressupostos epistêmicos, políticos e ontológicos da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas Comunitárias. Metodologicamente, trata-se de um estudo transversal, de desenho misto e alcance descritivo-correlacional que utilizou como técnica de coleta de dados o questionário (612) e as entrevistas semiestruturadas (8), procurando ao mesmo tempo obter um mapa da percepção de felicidade dos trabalhadores e informação qualitativa sobre os processos organizacionais e subjetivos, vinculados a dita emoção. Os resultados sugerem presença da felicidade instrumental em todos os níveis estudados, com diferenças e tensões; alcançando particular força em relação ao trabalhador feliz e autorrealizado. Em termos de apropriação no discurso a felicidade instrumental está normalizada, por sua vez, as práticas pessoais obtêm as pontuações mais baixas, seguidas das práticas organizacionais. As decorrências a respeito dos efeitos superaram toda minha capacidade indutiva para evidenciar o estresse e a ansiedade como fatores fortemente presentes, especialmente o estresse, e correlatos às demandas individualistas de realização permanente no trabalho. Ter a magnitude se concentrando nas condições preexistes, assim como identificar uma associação (muito baixa) entre práticas e efeitos; sugerem uma perspectiva otimista para a mudança organizacional. Promover uma reflexão aprofundada e participativa a respeito dessa performance de um trabalhador individualista, todo poderoso e autorrealizado, que se perfila como a principal barreira ao trabalho cooperativo e à valorização do fazer coletivamente para o comum, é uma tarefa e um desafio para a comunicação organizacional.
dc.languagept_BR
dc.sourceRio de Janeiro, Brasil: Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.subjectComunicação organizacional
dc.subjectTrabalho - Avaliação
dc.subjectCultura organizacional
dc.subjectCooperativas de café
dc.subjectFelicidade
dc.subjectFelicidade instrumental
dc.subjectRelações públicas comunitárias
dc.titleFelicidade Instrumental em Organizações Cooperativas Costarriquenhas: entre a gestão individualista e o sentido cooperativo
dc.typetesis de doctorado


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