Objeto de conferencia
Análise histoquímica de coprólitos de animais do Cretáceo coletados nos Pontos I e II do Price, Peirópolis, Uberaba, Minas Gerais, Brasil
Autor
Ferraz, P. F.
Cunha, I. C.
Silveira, L. A. M.
Cardoso, D. T.
Oliveira, G. F.
Ramalho, L. S.
Ribeiro, L. C. B.
Teixeira, V. P. A.
Institución
Resumen
Coprólitos são fezes fossilizadas e petrificadas, de animais pré-históricos e têm auxiliado os pesquisadores à reconstituir paleoambientes, hábitos alimentares e comportamento de diversas espécies. O objetivo do trabalho foi descrever as características morfológicas de 13 coprólitos de dinossauros do final do período Cretáceo, depositados na coleção do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis/UFTM, Uberaba/MG e avaliá-los através de exames histoquímicos. Foi realizada a documentação fotográfica, observada a coloração, avaliado o peso em balança de precisão, feita a morfometria através do paquímetro de precisão e a análise química através do teste colorimétrico de cálculo renal, BIOCLIN. Verificou-se que havia presença de urato, cistina, carbonato, oxalato, fosfato, cálcio, magnésio e amônia. Para a análise histoquímica foi realizada a coleta das amostras de coprólitos, que foram diluídas em água destilada e soro fisiológico, posteriormente a lâmina foi colocada na estufa para secagem por 10 minutos e realizada a coloração histoquímica em lugol, mucicarmim e Hematoxilina Eosina, e em seguida analisada ao microscópio de luz comum. Através da histoquímica foi possível observar que as 13 amostras de coprólitos não apresentaram vestígios de restos alimentares e parasitas. A partir da análise química dos 13 coprólitos estudados, foi observado que para 8 amostras o oxalato apresentou pouca coloração, em 10 amostras foi encontrado carbonato e em 3 amostras obtevese pouca coloração para cálcio. Conclui-se que com a utilização da técnica para cálculo renal, apenas foi encontrado carbonato de cálcio nas amostras provenientes do Ponto I do Price/Peirópolis, Uberaba/MG, estes achados estão em consonância ao esperado, pois as litologias siliciclásticas e químicas da Formação Marília tem um forte componente de CaCO<sub>3</sub>, responsável maior pelo processo de permineralização da assembléia fóssil presente nestes jazigos. Facultad de Ciencias Naturales y Museo