Tesis
Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar de peixes na bacia do rio Itaúnas, ES-Brasil
Fecha
2019-05-09Registro en:
SILVA, A. P. B., Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar de peixes na bacia do rio Itaúnas, ES-Brasil
Autor
SILVA, A. P. B.
Institución
Resumen
Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de investigar a dieta de variadas espécies
de peixes em diferentes ambientes na bacia do rio Itaúnas, visando melhorar a
compreensão de suas interações ecológicas no contexto do ecossistema. A bacia do rio
Itaúnas encontra-se inserida no bioma Mata Atlântica, possuindo uma superfície de
aproximadamente 4.480 km2, sendo 4.360 km2 no estado do Espírito Santo e 120 km2
no estado da Bahia. A área de estudo é constituída de 10 pontos ao longo da bacia do
rio Itaúnas situados nos municípios de Conceição da Barra, Pedro Canário e divisa
entre Pinheiros e Montanha. As coletas foram realizadas por capturas intensivas e
generalizadas, no período entre Julho de 2017 e Fevereiro de 2018. Os petrechos
utilizados nas amostragens foram peneiras e redes de arrasto. A qualidade ambiental
foi interpretada através do Índice de Integridade do Hábitat (IIH). Foram coletados
1.742 exemplares de peixes, distribuídos em 4 ordens, 11 famílias, 19 gêneros e 21
espécies. A dieta das espécies selecionadas foi realizada através de índices
alimentares, complementados por análises de diversidade, uniformidade, índice de
repleção estomacal, fator de condição e similaridade. Foram analisados 809
estômagos, resultando em 60 itens alimentares identificados para todas as espécies e
ambientes estudados, com maior expressividade para os itens autóctones. A dieta da
ictiofauna dessa bacia é sustentada principalmente pelos insetos aquáticos, disponíveis
em grande quantidade no ambiente, o que ressalta a importância da integridade da
vegetação ripária como sendo a principal fornecedora de recursos para a sustentação
da biota aquática. A bacia do rio Itaúnas se encontra com alto índice de degradação,
principalmente pelo desmatamento, acarretando o empobrecimento da diversidade
de peixes, que como observado no estudo, algumas espécies mais exigentes e que
consomem itens mais específicos de ambientes melhores, tais como itens alóctones e
de corredeiras, acabam ficando restritas aos ambientes mais preservados que ainda
apresentam possibilidade de ofertar tais itens.