Tesis
DIVERSIDADE GENÉTICA DE 43 GENÓTIPOS DE Coffea canephora; E IMPLICAÇÕES DO AUMENTO DE TEMPERATURA E DÉFICIT HÍDRICO AO Coffea spp.
Fecha
2019-02-27Registro en:
DUBBERSTEIN, D., DIVERSIDADE GENÉTICA DE 43 GENÓTIPOS DE Coffea canephora; E IMPLICAÇÕES DO AUMENTO DE TEMPERATURA E DÉFICIT HÍDRICO AO Coffea spp.
Autor
DUBBERSTEIN, D.
Institución
Resumen
Os capítulos 1, 2 e 3 têm como objetivo o estudo da diversidade genética de 43 genótipos de
Coffea canephora inéditos através de características morfológicas foliares estomáticas e da
planta, e ainda a escolha de um modelo matemático para determinação de área foliar
desenvolvido a partir de medidas lineares de folha. No cápitulo 1 foi feito o estudo das
características estomáticas determinando: contagem de células epidérmicas e número de
estômatos, medida de diâmetro polar e equatorial, estimativa de densidade, índice de área
estomática, índice estomático e funcionalidade estomática. Os dados foram submetidos à
análise de variância, agrupadas pelo método hierárquico Unweighted Pair Group Method
using Arithmetic Averages (UPGMA); fez-se ainda a correlação linear de Pearson e análise
por componentes principais em Biplot. Foram constatadas diferenças entre os 43 genótipos
confirmando a existência de variabilidade genética; o método de agrupamento distinguiu-os
em seis grupos; correlações com distintos níveis significância ocorreramm entre os
parâmetros; altura de planta, distância entrenós e área foliar se correlacionam positivamente,
mostrando que podem ser associadas com as características estomáticas. No capítulo 2 foram
estimados: comprimento, número de nós e distância entre nós de ramos plagiotrópico e
ortotrópico; altura de planta; diâmetro de copa; comprimento, largura e área foliar real de
folhas em duas avaliações. Os dados foram submetidos à análise de variância, agrupadas pelo
método otimização de Tocher e pelo método hierárquico UPGMA, feita à análise de
correlação linear de Pearson e componentes principais em Biplot. Constatou-se diferenças
significativas entre os 43 genótipos, formando seis grupos pelo método de Tocher e cinco
grupos por UPGMA, evidenciando a variabilidade genética existente. A correlação de Pearson
forneceu valores com distintos níveis entre as características, comprovados pela análise de
componentes principais. No capítulo 3 foi medido manualmente o comprimento da nervura
central (C) e máxima largura do limbo foliar (L), e área foliar real (AF) de folhas dos 43
genótipos. A partir do C, L, AF e CL realizaram-se análises de correlação de Pearson,
agrupamento pelo método otimização de Tocher, testaram-se todas as combinações por
modelos lineares conforme os parâmetros existentes e ajustaram-se os valores de R2 e o BIC
para cada modelo, sendo estabelecidas as equações cons r n o os p râm tros β0 β1. Os
43 genótipos foram divididos em três grupos pelo método de Tocher, sendo que um dos
grupos abrangeu 41 genótipos. Maiores correlações ocorreram entre produto de C e L (CL) e
AF, seguido de L e AF. Portanto, CL estimou satisfatoriamente a área foliar, mas pode ser
adotada a variável largura devida maior facilidade de medição a campo. As equações geradas
considerando ambas variáveis foram significativas e a validação cruzada confirmou o2
ajustamento. O capítulo 4 objetivou avaliar os impactos dos estresses de calor e seca
individuais e em conjunto nos cafeeiros, sendo que foram avaliados parâmetros foliares
relacionados a características estomáticas, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a,
transporte tilacóidal de elétrons, permeabilidade de membrana e atividades das enzimas da
fotossíntese. Adicionalmente, o capítulo 5 teve como finalidade identificar mecanismos de
resposta/aclimatação das plantas as condições de estresse de calor e seca, onde foram
avaliados a fotoinibição do PSII, as atividades das enzimas Ascorbato Peroxidase (APX),
Glutationa Redutase (GR), Superóxido Dismutase (Cu, Zn-SOD), assim como o teor de
Ascorbato (ASC), enzima de choque térmico (HSP70), pigmentos fotossintéticos e
malondialdeído (MDA). Notou-se que as plantas bem regadas mantiveram bom desempenho
fotossintético com aumento de temperatura, apresentando alterações somente a 39/30 °C em
CL153 e Icatu a partir de 34/28 °C assim como houve aumento de Fo e diminuição em Fv/Fm e
aumento no nível de fotoinibição do PSII, entretanto as plantas em estresse hídrico
apresentaram reduções significativas em todos os parâmetros (Pn, gs, E, Ci, iWUE e Amax) e
o efeito do calor nestas plantas foi mais evidente a 42/30 °C apenas em Icatu. A imposição
conjunta dos estresses agrava a situação, embora alguns parâmetros não tenham sido
modificados (por exemplo: Pn e Amax em CL 153). A atividade das enzimas da fotossíntese e
dos fotossistemas foram diminuídos com a imposição simultânea de seca e calor. As
estruturas fotossintéticas em geral, e os fotossistemas em particular, foram impactados, mas os
efeitos negativos terão sido mitigados pelo reforço de mecanismos protetores. Estes estão
refletidos nos aumentos dos valores de Y(NPQ (dissipação de energia não regulada) e qN
(dissipação térmica sustentada fotoprotetora), HPS70, (que confere aumento da termotolerância) e
de alguns pigmentos fotossintéticos como Neaxantina, Anteraxantina, Zeaxantina, DEPS e
Luteína, bem como no aumento de atividade de APX, SOD e GR (que atuam na remoção de
espécies reativas de oxigênio). O teor de MDA foi aumentado apenas em 42/30 °C,
confirmando a peroxidação de lipídios de membrana, contudo evidenciando a termotolerância
foliar nos cafeeiros a temperaturas bem acima do ótimo. Além disso, foi visto uma
considerável recuperação para diversos parâmetros após reestabelecimento das condições
normais de água e temperatura, confirmando a capacidade de resiliência dos cafeeiros.