HIV/AIDS entre idosos: uma revisão integrativa

Abstract

A epidemia de AIDS nos anos 80, trouxe grande impacto no comportamento sexual das pessoas nos anos consecutivos. As campanhas de prevenção foram de grande importância para conscientização da população sobre as maneiras de transmissão do vírus HIV. A prevalência era observada em homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis e pessoas com hemofilia, o mesmo foi o público alvo nas campanhas de prevenção. Percebeu-se com o tempo, que a propagação do vírus se deu em muitos outros grupos, classes sociais, faixas etárias, entre outros. Porém, neste século houve um grande aumento de casos de HIV/AIDS entre os idosos, e as campanhas de prevenção se mantiveram voltadas para os jovens, e pessoas consideradas sexualmente ativas. O objetivo da presente revisão integrativa investigar a prevalência e através da incidência, as causas do aumento de casos de HIV/AIDS no público idoso, bem como, identificar situações que envolvam preconceitos e estigmas voltados para esta população, incluindo as relações de assistência em saúde e o cuidado pelos profissionais de saúde, também na prevenção de HIV/AIDS entre os idosos. Foi feita busca nas bases de dados Pubmed, Scielo, LILACS e MEDLINE, bem como, 11 boletins epidemiológicos oficiais publicados pelo Ministério da Saúde brasileiro e boletim oficial da UNAIDS, para levantar dados do aumento da infecção pelo HIV entre os idosos, de acordo com o gênero. Foram analisados 14 artigos científicos publicados entre 2010 e 2022, nas bases de dados. Encontrou-se neste campo tão subjetivo e amplo, que o idoso tem boas condições gerais de conhecimento quanto à prevenção do HIV/AIDS, mas não os colocam em prática, por diversas questões, entre elas, os estigmas, a dificuldade de negociação com o parceiro,e principalmente por não se verem vulneráveis às ISTs. Assim como, os profissionais e políticas de saúde, que não os visibilizam nas campanhas, ações de saúde ou exames de rotina. Entre os idosos mais vulneráveis, encontramos os que tiveram menos acesso à educação, baixa renda, autodeclarados pardos e heterossexuais. E consequentemente são os mesmos que apresentam menor qualidade de vida. Através deste estudo, percebe-se a necessidade de incluir os idosos em ações de saúde que promovam a saúde sexual, incentivando a prevenção e exames de ISTs nos exames de rotina, promovendo diagnóstico rápido no serviço primário de saúde.

The AIDS epidemic in the 1980s had a major impact on people's sexual behavior in consecutive years. Prevention campaigns had a great importance to raise awareness of the HIV virus transmissions. The prevalence was observed in homosexual men, injecting drug users and people with hemophilia, the same was the target audience in prevention campaigns. It was noticed over time that the spread of the virus affected many other groups, social classes, age groups, and others. However, in this century happened a large increase in HIV/AIDS cases among the elderly people, prevention campaigns have remained focused on young people and people considered sexually active. The objective of this integrative review is to investigate the prevalence and, through incidence, the causes of the increase in HIV/AIDS cases in the elderly public, as well as to identify situations that involve prejudice and stigma aimed at this population, including health care relationships, and the health professionals attention, also in the prevention of HIV/AIDS among the elderly people. Pubmed, Scielo, LILACS and MEDLINE were the databases searched, as well as 11 official epidemiological data published by the Brazilian Ministry of Health and the UNAIDS official bulletin, to collect data on the increase in HIV infection among the elderly, according to the gender. Fourteen scientific articles published between 2010 and 2022 were analyzed in the databases. In this very subjective and broad field, it was found that the elderly have good general conditions of knowledge regarding HIV/AIDS prevention, but they do not put them into practice, for several reasons, among them, the stigmas, the difficulty of negotiating with the partner, and mainly because they don't judge themselves as vulnerable to STIs. As well as health professionals and he, health services, which do not make them visible in campaigns, health actions or routine exams. Among the most vulnerable elderly, we find those who had less access to education, low income, self-declared mixed race and heterosexual. And consequently, they are the ones who have a lower quality of life. Through this study, we can see the need to include the elderly in health actions that promote sexual health, encouraging the prevention and examination of STIs in routine examinations, promoting rapid diagnosis in the primary health service.