Tese de doutorado
Maytenus ilicifolia na prevenção da ototoxicidade induzida pela cisplatina em modelo experimental
Fecha
2006Registro en:
São Paulo: [s.n.], 2006. 84 p.
epm-20061024082458GARCIA.pdf
Autor
Kasse, Cristiane Akemi [UNIFESP]
Institución
Resumen
Maytenus ilicifolia é uma planta sul americana, muito estudada por apresentar várias propriedades medicinais como analgésica, anti-inflamatória, anti-tumoral, anti¬ ulcerosa e antioxidante. Estas características despertaram interesse em estudar uma possível ação otoprotetora do seu extrato através do mecanismo de bloqueio da produção de radicais livres. Objetivo: Padronizar um método de estudo de ototoxicidade induzida pela cisplatina e medicamentos otoprotetores, através de estudo eletrofisiológico, em cobaias albinas. A partir deste modelo, verificar a possível ação otoprotetora do extrato aquoso de Maytenus ilicifolia na prevenção da ototoxicidade por cisplatina. Método: cobaias fêmeas, albinas divididas em 5 grupos, avaliados através do exame de emissões otoacústicas por produtos de distorção e potencial de tronco encefálico pré e pós ¬medicação. Os grupos foram divididos em: Grupo 1: 10 cobaias utilizando 1 g/kg do EA por dia, 24 horas antes do início do esquema de cisplatina, até o sexto dia. Grupo 2: 5 cobaias utilizando 3 g/kg do EA por dia, 24 horas antes do início do esquema de cisplatina, até o sexto dia. Grupo 3:.10 cobaias com 3 doses de cisplatina no primeiro, quinto e sexto dias, intraperitoneal, na dose de 7,5 mg/kg/d. Grupo 4:.10 cobaias utilizando somente o EA 3 g/kg por 7 dias. Grupo 5: 5 cobaias com EA 1g/d 2 semanas antes do início da cisplatina e na terceira semana quando foi administrada a cisplatina.Resultados: as cobaias com uso exclusivo da cisplatina apresentaram alterações em ambos os exames, com aumento do limiar no PTE e ausência de resposta na emissão otoacústica. Os mesmos efeitos foram observados nas cobaias submetidas ao mesmo tratamento de cisplatina associado ao extrato aquoso, independente da dose e do tempo. O uso somente do extrato aquoso, não alterou os exames. Conclusões: os exames de emissões otoacústicas por produtos de distorção e potencial evocado de tronco foram eficazes na avaliação da função auditiva. A dose de 7,5 mg/kg/d, intraperitoneal, em 3 intervalos distintos, em cobaias albinas foi eficiente para induzir a ototoxicidade pela cisplatina. Apesar do efeito antioxidante da Maytenus ilicifolia, o EA não se mostrou eficiente para bloquear o efeito ototóxico da cisplatina.